BP vai pagar US$ 360 milhões por ilhas na costa da Louisiana

Em entrevista ao jornal Financial Times, o diretor da BP Tony Hayward declarou que o grupo não estava preparado para um vazamento desse tipo em águas profundas. "É incontestável que não tínhamos os instrumentos necessários", afirmou Hayward.

O diretor da BP Tony Hayward durante declaração à imprensa. Reuters

Nesta quinta-feira, a companhia petrolífera British Petroleum aceitou pagar inteiramente a construção de seis ilhas artificiais destinadas a impedir que a maré negra no Golfo do México atinja a costa da Louisiana. O custo total do projeto é estimado em US$ 360 milhões, pouco mais de R$ 650 milhões.

A idéia de construir os bancos de areia era defendida há semanas pelo estado da Louisiana e foi aprovada nesta quarta-feira pelo governo federal. A BP afirmou em seu comunicado que não pretende coordenar diretamente as operações nem se responsabilizar por falhas no projeto.

O grupo, que já gastou ao menos um US$ 1 bilhão para reparar as consequências da maré negra, indicou ter dedicado US$ 170 milhões para ajudar a Louisiana, o Mississipi, o Alabama e a Flórida a financiar a luta contra a maré negra e a proteger sua indústria turística. O comunicado informa ainda que a empresa já pagou cerca de US$ 42 milhões de indenização às populações e empresas afetadas pela poluição.
 

O diretor da BP Tony Hayward admitiu nesta quinta-feira, em entrevista publicada pelo jornal britânico Financial Times, que o grupo não estava preparado para um vazamento desse tipo em águas profundas. "É incontestável que não tínhamos os instrumentos necessários", afirmou Tony Hayward. A maré negra foi provocada pela explosão da plataforma Deepwater Horizon no dia 20 de abril, no Golfo do México.