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Cuba/Repressão

Presos políticos libertados por Cuba desembarcam na Espanha

Os sete dissidentes fazem parte de um grupo de 52 presos políticos que o governo cubano prometeu libertar nos próximos quatro meses. Poucas horas antes do embarque dos ex-prisioneiros para a Espanha, o ex-presidente Fidel Castro participou de um programa na televisão estatal. O líder máximo não aparecia diante das câmeras há 11 meses.

Dissidentes cubanos comemoram logo após o desembarque em Madri.
Dissidentes cubanos comemoram logo após o desembarque em Madri. Reuters/Juan Médine
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Os ex-presos políticos cubanos, libertados pelo governo de Raul Castro, chegaram no início da tarde dessa terça-feira a Madri. A operação foi realizada graças à um acordo firmado entre o governo espanhol, a Igreja e o presidente cubano.

Os sete dissidentes que chegam a Madrid com suas famílias nesta terça-feira tem problemas de saúde e, por isso, tiveram prioridade no processo de libertação do qual devem beneficiar 52 presos. Eles tinham sido detidos em 2003 por terem se oposto ao governo cubano e foram condenados a penas entre 6 e 28 anos de prisão. As condenações foram muito criticadas pela comunidade internacional e aumentaram as tensões entre Cuba e a União Europeia.

Depois que o acordo de libertação foi anunciado, na semana passada, o dissidente Guillermo Fariñas, de 48 anos, que estava à beira da morte, encerrou a greve de fome que mantinha há 135 dias. Seu companheiro de prisão, Orlando Zapata, morreu em fevereiro, após 85 dias de greve de fome em protesto contra suas condições de detenção, caso que comoveu o mundo.

Segundo analistas, a decisão de libertar o grupo, que corresponde a um terço do total de prisioneiros políticos da ilha comunista, ajudará o presidente Raul Castro a reduzir as tensões internas e externas. O acordo também deve melhorar as relações comerciais com os Estados Unidos e a União Europeia, na tentativa de lutar contra a crise financeira cubana.

Fidel Castro na televisão

Horas antes do embaque dos dissidentes para a Espanha, o ex-presidente Fidel Castro, de 83 anos, apareceu na TV estatal, onde participou de um programa de debates. Essa é a primeira vez em 11 meses que o líder máximo aparece diante das câmeras. Em uma entrevista gravada, ele falou durante uma hora e meia sobre assuntos internacionais, como a situação da Coreia do Norte e do Irã e voltou a atacar os Estados Unidos.

Fidel foi afastado do poder há cerca de quatro anos por problemas de saúde. Durante o programa de televisão da segunda feira o ex-presidente, que apresentava boa forma física, mas não fez qualquer menção aos prisioneiros soltos.
 

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