Petrolífera britânica deve realizar testes no mar para medir vazamento
Operação desta quarta-feira é vista com otimismo por autoridades. Vazamento de petróleo no Golfo do México já dura 85 dias e pode ter chegado a 4 milhões e meio de barris.
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A petrolífera britânica BP e a guarda costeira dos Estados Unidos devem iniciar nesta quarta-feira testes considerados cruciais para tentar conter o vazamento de petróleo no Golfo do México, que já completou 85 dias. A operação estava marcada para segunda-feira, mas foi adiada pois eram necessárias novas análises.
Engenheiros da British Petroleum temiam que a enorme peça de 75 toneladas, instalada para tentar vedar a saída de óleo, ameace a estrutura dos poços. A peça é equipada com três válvulas e foi anexada ao poço de petróleo a uma profundidade de 1.500 metros, onde somente os robôs têm acesso. O objetivo é fechar as válvulas progressivamente para cortar o fluxo do petróleo.
Durante os testes, os especialistas vão monitorar a pressão no poço. Se a pressão for alta, significa que não há escapamento e que a peça é capaz de conter o fluxo. Mas, se os testes mostrarem pressão baixa, poderá indicar que o petróleo está vazando em algum outro lugar do poço.
A nova operação é vista com otimismo pelas autoridades norte-americanas. O dispositivo de vedagem é uma solução temporária até que a BP consiga concluir as obras para a perfuração de um poço auxiliar, em que será injetada uma solução de cimento para tentar acabar com o vazamento definitivamente.
O vazamento do petróleo no Golfo do México é o pior desastre ambiental da história dos Estados Unidos. Nesta segunda-feira, a Agência Internacional de Energia estimou que o naufrágio da plataforma da BP já pode ter provocado o vazamento de 4 milhões e meio de barris de petróleo.
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