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Venezuela / Colômbia

Comunidade internacional reage à crise entre Colômbia e Venezuela

Estados Unidos, França e Espanha estão preocupados com as tensões entre os países latino-americanos e o Brasil propõe ajudar a resolver a crise diplomática entre os dois vizinhos. Para o embaixador da Colômbia junto à OEA a Venezuela cometeu um erro histórico.

O presidente venezuelano Hugo Chavez acusa os colombianos de acolherem guerrileiros em seu territórios.
O presidente venezuelano Hugo Chavez acusa os colombianos de acolherem guerrileiros em seu territórios. Reuters / Jorge Silva
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Para os Estados Unidos, a acusação da Colômbia sobre a presença de guerrilheiros em território venezuelano deve ser apurada e levada à sério. "A Venezuela tem uma obrigação com a Colômbia e com a comunidade internacional para investigar completamente esta informação e prevenir o uso de seu território soberano por grupos terroristas", declarou o departamento de Estado americano em nota oficial.

Na Europa, o porta-voz do ministério francês da Relações Exteriores, Bernard Valero, pediu nessa sexta-feira que as duas partes retomem o diálogo. “A França sente muito pela ruptura das relações diplomáticas da Venezuela com a Colômbia e se preocupa com o aumento da tensão entre os dois países”, declarou o representante francês. O governo espanhol também expressou sua preocupação e se disse pronto a colaborar com os outros países latino-americanos e os organismos regionais para resolver a crise.

O assessor da Presidência do Brasil para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, lamentou na quinta-feira a decisão da Venezuela de romper as relações diplomáticas com a vizinha Colômbia, governada até o próximo dia sete de agosto por Alvaro Uribe. Segundo Garcia, o Brasil poderia negociar com os dois países uma solução para o impasse. O presidente Lula ligou para Chavez na quinta-feira para expressar sua preocupação com a situação.

Um erro histórico

Esperamos que a pressão e a cooperação nos ajudem a enfrentar esse pesadelo.

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Luís Alfonso Hoyos, embaixador da Colômbia junto à OEA

Para Luís Alfonso Hoyos, embaixador da Colômbia junto à Organização dos Estados Americanos, o rompimento das relações diplomáticas foi um erro histórico da parte da Venezuela. Em entrevista à Radio França Internacional, Hoyos disse que se o governo venezuelano deveria autorizar a entrada da imprensa internacional de dos membros da OEA na região apontada como refúgio de guerrilheiros.

A Colômbia solicitou nessa quinta-feira, durante sessão extraordinária da OEA, a formação de uma comissão internacional para verificar a presença de guerrilheiros no território venezuelano. Segundo a representação da Colômbia na OEA, grupos guerrilheiros estão "consolidados" e "ativos" na Venezuela. Eles seriam 1,5 mil guerrilheiros colombianos das Farc, distribuídos em 87 campos de treinamento.

Exército venezuelano na fronteira

Na manhã dessa sexta-feira as autoridades venezuelanas informaram que o exército de país estaria posicionado na fronteira com a Bolívia. “As forças armadas nacionais bolivarianas estão operacionais e prontas para obedecer às ordens do comandante e do presidente da República”, anunciou o ministro venezuelano da Defesa, o general Carlos Mata, no canal oficial de televisão VTV.

O presidente da Venezuela pediu que o Equador, que preside atualmente a Unasul, União das Nações Sul-Americanas, organize uma reunião de urgência para discutir a crise com a Colômbia.
 

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