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Haiti/Legistalivas

Presidente do Haiti contesta eleições legislativas

O presidente do Haiti, Michel Martelly, pediu oficialmente para que a comunidade internacional não reconheça os resultados das eleições legislativas realizadas em 20 de março no país. Ele denuncia uma série de fraudes, que teriam beneficiado o partido de seu rival, René Préval. A ONU e alguns países da comunidade internacional apoiaram as queixas de Martelly.

Presidente eleito do Haiti, Michel  Martelly, denuncia as fraudes nas eleições legislativas.
Presidente eleito do Haiti, Michel Martelly, denuncia as fraudes nas eleições legislativas. Reuters
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Em um comunicado publicado nesta sexta-feira, o presidente do Haiti disse que os resultados das eleições “são inadmissíveis e não refletem a vontade do povo”. A declaração de Michel Martelly foi uma resposta aos números das legislativas, divulgados pelo Conselho Eleitoral Provisório (CEP), que anunciou a vitória do partido do ex-presidente René Préval. Segundo os números oficiais, dos 99 deputados haitianos eleitos, 46 fazem vêm do partido de Préval, assim como mais da metade dos senadores. Um resultado que deve tornar o mandato de Martelly difícil, já que ele terá que governar ao lado de uma maioria de oposição.

Segundo Michel Martelly, as legislativas de 20 de março foram manipuladas pelo partido de Préval, uma denúncia confirmada por alguns líderes politicos e diplomatas estrangeiros no país. Na noite de sexta-feira, representantes da comunidade internacional também manifestaram ressalvas sobre as eleições. "Os resultados definitivos suscitaram sérias dúvidas sobre a transparência e a legitimidade do processo", denunciaram as Nações Unidas. Brasil, Estados Unidos, Canadá, Espanha, França e a União Europeia também apoiaram as queixas do presidente eleito e pediram explicações sobre a mudança de resultados registrada em 17 circunscrições dos país, que teriam favorecido o ex-presidente René Préval.

Desde que os resultados foram divulgados na quinta-feira manifestações violentas foram registradas em várias cidades do Haiti, com exceção da capital Port-au-Prince. Pelo menos um homem morreu nos protestos e um manifestante atirou contra a multidão, ferindo quatro pessoas no centro do país. Algumas estradas nas zonas rurais foram bloqueadas e casas foram queimadas. Desde quinta-feira os capacetes-azuis da ONU estão em estado de alerta.
 

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