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Argentina/ditadura

Preso ex-juiz acusado de ter aceitado recurso à tortura

Roberto Catalan,ex-juiz argentino acusado de ter aceito o recurso da tortura durante interrogatório ocorrido durante a ditadura militar (1976-1983), foi preso na província de La Rioja, no noroeste da Argentina, anunciou nesta segunda-feira o Centro de Informação da Justiça, em Buenos Aires.

Bandeira da Argentina
Bandeira da Argentina IBGE/softonic.com.br
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Segundo o mandado de prisão, Catalan é suspeito de ter cometido “delito de imposição de torturas”, além de ter faltado aos deveres de um funcionário público. É o segundo ex-magistrado preso por envolvimento em crimes contra a humanidade. O primeiro foi Victor Brusa, condenado em 2009 a 21 anos de prisão por seu papel em interrogatórios sob tortura em Santa Fé (nordeste).

Catalan foi denunciado por um antigo detento. Leopoldo González testemunhou ter sido forçado a assinar uma declaração em La Rioja enquanto mantinham um revólver dentro de sua boca. “Quando eu me recusei a assinar, o oficial de justiça puxou meus cabelos e colocou uma arma na minha boca, dizendo que se eu não assinasse, seria morto”, relatou Gonzalez no processo. O ex-juiz Catalan será mantido em prisão domiciliar enquanto exames médicos são realizados.

Os envolvidos na ditadura voltaram aos tribunais após a ascensão ao poder de Nestor Kirchner, presidente de 2003 a 2007. Durante o período, foram anuladas leis da anistia da ditadura e processos foram reabertos. A atual presidente, Cristina Kirchner, viúva de Nestor Kirchner, tem continuado essa política. Cerca de 30 mil pessoas desapareceram na ditadura argentina, segundo organizações de defesa dos direitos do homem.
 

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