FARC dizem que jornalista francês é 'prisioneiro de guerra'
O Exército colombiano suspendeu as operações militares no sul do país para incitar as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) a libertar o jornalista francês Roméo Langlois, sequestrado pela guerrilha no último sábado.
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O governo colombiano confirmou ontem que as operações militares estão suspensas na área onde foi capturado o jornalista francês Roméo Langlois, no departamento de Caquetá, na floresta amazônica colombiana. Nessa quarta-feira, rádios locais haviam recebido uma mensagem da guerrilha reivindicando o sequestro. O texto, assinado pela unidade regional Front 15 das FARC, foi autenticado.
Correspondente do canal de televisão France 24 e colaborador do jornal Le Figaro, Langlois estava fazendo uma reportagem junto com militares colombianos quando membros da guerrilha atacaram a patrulha. Os enfrentamentos deixaram quatro mortos, sendo um policial e três militares. O francês, único civil no grupo, teria sido levemente ferido no braço, mas essa informação não pôde ser confirmada.
O Front 15 é uma unidade regional das FARC composta de cerca de 300 rebeldes, atuante em uma área de floresta fechada, onde o Exército luta contra o tráfico de drogas e laboratórios clandestinos de fabricação de cocaína. Segundo o Exército, os rebeldes marxistas contam com a proteção de 2 mil habitantes da região.
Nos últimos anos, o governo da Colômbia enfraqueceu significativamente as FARC. O sequestro do francês é um golpe bem-sucedido dos rebeldes, após uma década de reveses em que as tropas marxistas foram reduzidas à metade.
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