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EUA/Eleições

Republicanos devem manter o controle da Câmara após legislativas

As eleições presidenciais americanas têm dominado o noticiário mundo afora. Com todas as atenções focadas no presidente Barack Obama e no ex-governador Mitt Romney, pouco se escuta falar das eleições legislativas que também acontecem no dia 6 de novembro. Na Câmara dos Representantes, com maioria republicana, todas as 435 cadeiras estão em jogo. No Senado, com maioria democrata, 33 assentos estão na disputa.  

Câmara dos Senadores, o Capitólio dos Estados Unidos em Washington.
Câmara dos Senadores, o Capitólio dos Estados Unidos em Washington. Wikipedia
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Raquel Krähenbühl, correspondente da RFI em Washington

É quase certo que os republicanos vão segurar e até aumentar o controle na Câmara. A última pesquisa feita pelo Real Clear Politics indicou que os republicanos devem ganhar 226 cadeiras e os democratas 183. De todos os assentos, apenas cerca de 60 são considerados competitivos.

Para recuperar a liderança que tinham em 2010, os democratas precisam abocanhar pelo menos mais 25 cadeiras. O partido ainda tem esperança que uma performance boa do presidente Obama na eleição possa ajudar seus candidatos. Mas as pesquisas indicam que isso não deve acontecer e até mesmo a história reforça o argumento. Desde 1952 não há troca de liderança na Câmara em ano de eleição presidencial. As últimas três vezes que houve troca de poder na casa foram durante as eleições de meio de mandato.

Já no Senado a corrida está mais apertada e o resultado, sujeito a incertezas. Segundo o levantamento do Real Clear Politics, os democratas aparecem com leve vantagem, devem ficar com 47 cadeiras, e os republicanos devem dominar 43. Dos 33 assentos que estão em jogo, 12 são considerados competitivos.

Para roubarem o controle do Senado, os republicanos precisam ganhar 4 cadeiras a mais se Obama for reeleito e 3 se Romney vencer a eleição. Aqui a eleição presidencial pode acabar definindo qual partido controlará a casa nos próximos anos.

“Os democratas têm uma leve vantagem, mas as coisas podem se inverter se Romney ganhar força na reta final da campanha, já que ele poderia ajudar a eleger senadores republicanos”, explica o analista politico Stu Rothenberg.

O Congresso vive um momento de péssima reputação entre os americanos - a taxa de desaprovação é das mais baixas já vistas. Decisões importantes para o futuro do país estão emperradas ali porque os dois partidos – com ideologias opostas na grande maioria dos assuntos – não conseguem entrar em acordo. Ainda assim, os americanos parecem estar mais propensos a reeleger seus deputados ou senadores e manter o mesmo esquema.

“Parece que o governo vai continuar dividido. Por causa disso e por causa da diferença entre republicanos e democratas, eu não esperaria nenhuma mudança dramática em termos de reforma tributária, de reforma dos programas sociais, entre outros temas, saindo de Washington nos próximos anos. Washington vai continuar falhando até os americanos decidirem que eles precisam fazer escolhas muito importantes”, opina Rothenberg.
 

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