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Desemprego/EUA

A quatro dias das eleições nos EUA, taxa de desemprego volta a subir

Apesar de um aumento na criação de postos de trabalho, o desemprego chegou a 7,9% no mês de outubro, uma alta de 0,1% em relação a setembro. Depois do furacão Sandy, o tema volta a ser um dos pontos mais importantes para os candidatos na corrida à Casa Branca. Barack Obama e Mitt Romney tentam convencer o eleitorado interpretando os números do desemprego, cada um à sua maneira. 

Em um evento no estado de Ohio, o republicano Mitt Romney fala sobre a criação de postos de trabalho para os americanos. Tema voltou a ser o centro dos debates na campanha presidencial dos Estados Unidos
Em um evento no estado de Ohio, o republicano Mitt Romney fala sobre a criação de postos de trabalho para os americanos. Tema voltou a ser o centro dos debates na campanha presidencial dos Estados Unidos REUTERS/Jim Young
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Apesar da leve alta, divulgada hoje pelo Ministério do Trabalho dos Estados Unidos, a notícia foi recebida com cautela pelos analistas. Como eles previam, a taxa de desemprego praticamente estacionou nos 7,9%, depois de chegar aos 7,8% em setembro, o nível mais baixo desde a chegada do presidente Barack Obama ao poder, em janeiro de 2009. Os números do governo americano indicam, entretanto, que a economia americana criou 171 mil novos postos de trabalho no último mês, o que representaria 16% a mais do que no mês de setembro, o que surpreendeu até os mais otimistas.

As contratações no setor privado atingiram o mais alto nível desde fevereiro deste ano e o ministério prevê que a alta continuará, pelo menos nos dois próximos meses.

Os números demonstram que, depois de meses de morosidade, a economia americana, aos poucos, volta a se recuperar. A média mensal da criação de emprego em 2012 já é 23% superior ao ano de 2011. De acordo com o Banco Central Americano (Fed), caso o ritmo de contratações do mês de outubro seja mantido, ainda serão necessários 41 meses para que a taxa de desemprego caia para 6%, nível a partir do qual, os economistas esperam que os Estados Unidos voltem ao estágio de "pleno emprego". O país ainda tem 12,3 milhões de pessoas sem trabalho, sem contar os mais de 3,5 milhões de desempregados não contabilizados pelas estatísticas oficiais. Além disso, cerca de 8,5 milhões de americanos ainda se contentam com contratos parciais, à espera de um contrato de trabalho em tempo integral.

O Desemprego na campanha presidencial

Assim que os números sobre o desemprego foram divulgados pelo Ministério do Trabalho americano, os dois candidatos da eleição presidencial dos Estados Unidos tentaram interpretar os dados, cada um à sua maneira. O republicano Mitt Romney fez questão de lembrar que a taxa é "mais alta atualmente do que quando Barack Obama assumiu o comando do país". Segundo Romney, a economia americana está "quase em ponto morto".

O candidato à reeleição preferiu enfatizar a alta do número de postos de trabalho criados, sobretudo no setor privado."O nosso combate continua. Temos que avançar ainda mais", afirmou Barack Obama.

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