Hugo Chávez não vai participar da cúpula do Mercosul em Brasília
A Venezuela estreia amanhã como membro pleno do Mercosul na reunião de Cúpula em Brasília. A presença de Hugo Chávez, que está em Cuba para tratamento complementar contra o câncer, era um mistério. Mas o governo acaba de confirmar que o presidente venezuelano não vai participar da reunião.
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Segundo o jornalista venezuelano Nelson Bocaranda, os médicos que tratam de Chávez recomendam que ele permaneça em Cuba porque a viagem até Brasília seria muito desgastante para o estado de saúde do presidente. Hugo Chávez será substituído na cúpula de entrada da Venezuela no Mercosul por Nicolás Maduro, vice-presidente venezuelano que também acumula o cargo de ministro das Relações Exteriores.
Sete presidentes confirmaram presença na cúpula desta sexta-feira, em Brasília: a presidenta Cristina Kirchner (Argentina) e os presidentes José Pepe Mujica (Uruguai), Rafael Correa (Equador), Evo Morales (Bolívia), Donald Ramotar (Guiana) e Desi Bouterse (Suriname).
Equador,Bolívia, Guiana e Suriname participam do encontro porque pleiteiam sua integração no Mercosul. A cúpula não abordará a situação do Paraguai, suspenso provisoriamente do bloco.
Chávez em Cuba
Hugo Chávez não aparece em público desde o dia 15 de novembro. O presidente venezuelano está em Cuba onde realiza um tratamento de combate ao câncer. Como manda a Constituição venezuelana, ele pediu na semana passada licença à Assembleia Nacional para se afastar temporariamente da presidência e voltar a Cuba. No entanto, o governo venezuelano não divulgou nenhuma informação sobre seu tratamento, o que vem gerando muitas especulações sobre seu verdadeiro estado de saúde.
O presidente venezuelano descobriu que estava com um câncer na região pélvica em 2011 e desde então vem fazendo tratamentos em Cuba contra a doença. Durante a última campanha presidencial, Chávez afirmou que estava curado, mas fontes afirmam que ele só havia interrompido o tratamento para participar da disputa.
A Venezuela, que reelegeu Hugo Chávez em outubro deste ano, vive um novo processo eleitoral, desta vez para a escolha de governadores. As eleições estaduais, que serão realizadas no próximo 16 de dezembro, estão prejudicadas pela ausência do presidente, considerado o garoto-propaganda da ala chavista.
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