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Strauss-Kahn/Escândalo

Acordo milionário livra ex-chefe do FMI de processo nos EUA

O ex-chefe do Fundo Monetário Internacional assinou um acordo amigável com a camareira que o acusava de agressão sexual nos Estados Unidos. O valor da indenização não foi divulgado, mas especula-se que Dominique Strauss-Kahn pode ter desembolsado cerca de 6 milhões de dólares para arquivar totalmente o processo na justiça norte-americana.

Nafissatou Diallo ao lado de seu advogado Ken Thompson na saída do tribunal do Bronx após o anúncio do acordo financeiro.
Nafissatou Diallo ao lado de seu advogado Ken Thompson na saída do tribunal do Bronx após o anúncio do acordo financeiro. REUTERS/Shannon Stapleton
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O acordo anunciado nessa segunda-feira no tribunal do Bronx coloca um ponto final na novela que começou em 14 de maio de 2011, quando a camareira Nafissatou Diallo acusou Dominique Strauss-Kahn, então chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), de tê-la agredido sexualmente em uma das suítes do hotel Sofitel. A denúncia custou o cargo do executivo e o colocou fora da corrida presidencial francesa, para a qual era apontado como um dos candidatos favoritos.

A audiência dessa segunda-feira não contou com a presença de Strauss-Kahn. Já a camareira de 33 anos compareceu ao tribunal, mas não se pronunciou durante toda a sessão. Ao sair do prédio, ela apenas agradeceu “a todos que a apoiaram pelo mundo afora e também a Deus”. Segundo o advogado de Diallo, Kenneth Thompson, sua cliente nunca perdeu a confiança no sistema judiciário. “Com esse resultado ela vai poder continuar sua vida”. Os advogados do ex-chefe do FMI disseram, via um comunicado, estar “satisfeitos por terem chegado a um acordo”.

O valor da indenização não foi divulgado e segundo o juiz Douglas McKeon, que dirigiu a sessão, os termos da negociação são confidenciais. No entanto, especulações avançam um montante de seis milhões de dólares. Mas o advogado de Strauss-Kahn, William Taylor, desmentiu os rumores sobre a soma. Nafissatou Diallo também fechou um acordo financeiro com o jornal New York Post, processado por tê-la apresentado como uma prostituta em suas reportagens.

Com essa indenização o francês enterra definitivamente o processo da camareira nos Estados Unidos. Mas esse resultado não significa que Strauss-Kahn admitiu o crime. No entanto, o executivo, que chegou a ser preso durante alguns dias no ano passado por causa do episódio, não terá mais que se explicar diante das autoridades dos Estados Unidos.

 

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