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EUA/Abismo fiscal

Congresso americano ainda não tem acordo sobre “abismo fiscal”

Em menos de 24 horas, termina o prazo para que os Estados Unidos evitem o “abismo fiscal”. Os trabalhos foram encerrados neste domingo no Congresso americano sem resultados e sem uma proposta final que pudesse ser votada. Esta segunda-feira é o último dia antes que entre automaticamente em vigor um aumento generalizado de impostos, além de grandes cortes no orçamento do governo. Essas duas ações combinadas são chamadas de abismo fiscal porque podem acabar empurrando a economia americana novamente para uma recessão em 2013, caso não sejam evitadas.

Líder da maioria democrata no Senado, Harry Reid, conversa com a imprensa
Líder da maioria democrata no Senado, Harry Reid, conversa com a imprensa Reuters
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Carolina Cimenti, correspondente da RFI em Nova York

Em outras palavras, este será um reveillon de fortes emoções para os americanos. A vasta maioria da população vai pagar mais impostos a partir do primeiro dia do ano, caso republicanos e democratas não cheguem a um acordo nas próximas 24 horas. Neste domingo, enquanto realizavam reuniões, os senadores dos dois partidos não conseguiram aproximar as suas propostas o suficiente para produzir um projeto de lei único que pudesse ser votado.

O líder da maioria no Senado, o democrata Harry Reid, disse que os partidos ainda mantinham diferenças nas negociações. Ele informou também que não chegou a apresentar uma contraproposta à última sugestão republicana sobre um dos pontos mais complicados, o reajuste da previdência social, que passaria a levar em conta exclusivamente a inflação, constituindo um pequeno corte nos futuros aumentos.

Em entrevista ao programa “Meet the Press”, da rede NBC, o presidente Barack Obama queixou-se da intransigência dos republicanos e disse que o comportamento deles nas negociações mostram que só se interessam em proteger os mais ricos.

Os líderes do Congresso informaram que passariam a noite inteira negociando, caso fosse necessário, e deverão chamar todos os senadores e deputados para votarem antes de virada do ano. A piada do fim de ano entre os comediantes americanos é que, pela primeira vez na história dos Estados Unidos, o réveillon em Washington será lotado como o da praia de Copacabana.
 

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