2012 foi o ano mais quente em mais de um século nos Estados Unidos

O ano de 2012 foi o mais quente desde 1985 nos Estados Unidos, de acordo com a Agência Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA, na sigla em inglês). O clima quente impulsionou a seca recorde que, em seu auge, atingiu 61% do país. O ano também foi particularmente violento em catástrofes naturais no país.

Rio onde habitualmente se pratica pesca está seco, nos Estados Unidos. REUTERS/Jeff Tuttle/Files

Segundo a agência, as condições secas provocaram fortes incêndios florestais, que devastaram 3,72 milhões de hectares no país, a maior alta já registrada, segundo a NOAA. O país sofreu 11 desastres climáticos que causaram prejuízos estimados em US$ 1 bilhão, incluindo os furacões Sandy e Isaac e tornados nas Grandes Pradarias, no Texas e no vale de Ohio. Este foi o segundo ano mais intenso em catástrofes naturais desde 1985, quando os dados começaram a ser coletados

Cada um dos 48 estados no território continental dos Estados Unidos teve uma temperatura anual acima da média em 2012, 19 das quais foram recorde. A temperatura média em 2012 foi de 12,9ºC, 1,77ºC superior à média do século 20 e 0,55ºC acima da de 1998, o ano mais quente já registrado até então.

Além disso, o inverno do ano passado foi o quarto mais ameno já visto. A média total de precipitação nacional, de 67,5 centímetros (exceto o Alasca e o Havaí), foi 6,5 centímetros inferior à média, o que situa 2012 como o 15º ano mais seco registrado. Outra particularidade é que a escassez de chuva atingiu o país de uma forma homogênea, atingindo 61% do território americano. O clima hostil provocou perdas agrícolas importantes no oeste, em especial nas lavouras de soja e milho.