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EUA/Espionagem

Caso Snowden: Rússia e China rejeitam acusações americanas

Os governos da Rússia e da China negaram nesta terça-feira, 25 de junho de 2013, que tenham ajudado Edward Snowden a evitar a extradição para os Estados Unidos, onde é acusado de espionagem. Orientado pelo site Wikileaks e seus advogados, Snowden tenta fazer uso de um verdadeiro quebra-cabeça diplomático para driblar Washington e chegar ao seu destino final - possivelmente o Equador, para o qual pediu asilo.

Monitor mostra informações sobre as acusações americanas contra Snowden  em um shopping de Hong Kong neste sábado, 22 de junho de 2013.
Monitor mostra informações sobre as acusações americanas contra Snowden em um shopping de Hong Kong neste sábado, 22 de junho de 2013. Reuters/路透社
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Com colaboração de Raquel Krahënbül, correspondente da RFI em Washington

O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, disse hoje que Edward Snowden, ex-funcionário da Agência Nacional de Segurança acusado de espionagem por Washington, nunca atravessou a fronteira russa e que o país não está envolvido nos deslocamentos do ex-agente.

Lavrov não confirmou mas não também não desmentiu que Snowden teria desembarcado no aeroporto de Moscou e teria ficado apenas na área de trânsito internacional. O chanceler diz que o ex-agente escolheu sozinho seu itinerário e não teve ajuda de Moscou.

Serguei Lavrov afirmou que a Rússia considerada inaceitáveis e sem fundamento as acusações de Washington de que os russos infringiram as leis americanas.

Na China, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores afirmou que as acusações do governo americano de que Pequim ajudou Snowden a fugir de Hong Kong não têm fundamento algum.

Fuga

O paradeiro de Snowden continua desconhecido. A saga começou em Hong Kong, que ignorou o pedido americano e permitiu que Snowden partisse a caminho da Rússia. Em Moscou, os Estados Unidos também não encontraram apoio - e essa seria a última chance. Os países onde Snowden deve fazer escala dificilmente o extraditariam, pois são nações que tradicionalmente desafiam o governo americano, como Cuba e Venezuela.

O caso Snowden está provocando tensão diplomática entre Estados Unidos, China e Rússia. O secretário de estado norte-americano John Kerry disse que a ajuda desses países para a fuga de Snowden podem ter conseqüência sérias nas relações diplomáticas bilaterais com os Estados Unidos.

Entretanto, o presidente Obama se limitou a dizer que está seguindo todos os canais legais e trabalhando com vários países para garantir que a lei seja observada. É um atitude cautelosa para que seu prestígio não fique ainda mais ameaçado - sobretudo fora do país.

Dentro de casa, a maioria dos americanos (54%) acredita que o governo deve aplicar um processo criminal contra todos aqueles que vazam informações secretas. Por outro lado, tem aqueles que consideram Snowden um herói. Uma petição com mais 110 mil assinaturas pede que a Casa Branca perdoe o ex-funcionário da CIA.

Edward Snowden, responsável pelo vazamento de programas secretos de vigilância do governo americano, foi acusado de espionagem pelos Estados Unidos.
 

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