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América Latina

Presidentes de Venezuela e Colômbia se encontram para tentar reconstruir relação

As conturbadas relações entre Venezuela e Colômbia ganharão um novo capítulo com o encontro entre os presidentes Nicolás Maduro e Juan Manuel Santos nesta segunda-feira. O objetivo é dirimir as diferenças e reconstruir as relações entre os dois países. O aperto de mãos será realizado em Puerto Ayacucho, cidade venezuelana localizada na fronteira sul entre ambos os países. Esta será a primeira vez que os chefes de Estado irão se encontrar após a polêmica gerada pela visita do líder da oposição Henrique Capriles Radonski ao Palácio de Nariño.

REUTERS/Miraflores Palace/Handout via Reuters
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Elianah Jorge, correspondente da Rádio França Internacional em Caracas.

Na ocasião, Capriles buscou o apoio de Santos para o caso da suposta fraude na campanha eleitoral de abril deste ano que deu a vitória ao herdeiro político de Hugo Chávez. Na época, Maduro chegou a afirmar que ambos conspiravam contra a Venezuela e que planejavam envenená-lo.

Esta reaproximação tem sido comemorada por Bogotá e por Caracas. De acordo com Santos, as divergências foram originadas pela “má interpretação” após a vista de Capriles. Por sua vez, Nicolás Maduro informou que irá ao encontro com “boa fé e com a vontade chavista do amor” pela Colômbia.

Santos afirmou que irá se inspirar no falecido presidente argentino Néstor Kirchner, que facilitou a reconciliação entre Venezuela e Colômbia em 2010, embora os laços entre os países sejam historicamente vulneráveis. Para o chanceler venezuelano Elías Jaua é preciso “falar claro e com respeito para superar a discórdia”.

A reunião também tem motivos econômicos. A Colômbia era um dos principais sócios comerciais da Venezuela, até que uma divergência alterou esta condição. No entanto, Bogotá tem alguns milhões de dólares para receber do governo venezuelano, que deverá pagar a dívida em parcelas.

Venezuela e Colômbia ensaiam uma reaproximação no momento em que Caracas decidiu romper relações com os Estados Unidos. De acordo com um comunicado, o governo venezuelano “jamais aceitará ingerências de nenhum tipo em seus assuntos internos”. O mal-estar foi causado pelas declarações de Samantha Power, candidata a embaixadora do Estados Unidos, que afirmou que lutaria contra a “repressão” em Cuba e na Venezuela.

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