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Argentina/Eleições legislativas

Oposição a Kirchner se fortalece em prévia de eleições legislativas

Apesar de apontarem um crescimento da oposição, as primárias às eleições legislativas argentinas, que aconteceram neste domingo, indicam que a presidenta Cristina Kirchner deve garantir a maioria do Parlamento no pleito de outubro. Opositores devem vencer nas cinco províncias mais populosas do país - Buenos Aires, Córdoba, Mendoza, Santa Fé e o Distrito Federal. A maior parte das outras 19 províncias deve ficar com a sigla da situação. 

Sérgio Massa, prefeito da cidade argentina de Tigre, votou  numa escola pública, neste domingo, 11 de agosto de 2013.
Sérgio Massa, prefeito da cidade argentina de Tigre, votou numa escola pública, neste domingo, 11 de agosto de 2013. REUTERS/Agustin Marcarian
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As eleições marcadas para daqui a um mês e meio renovarão 127 das 257 cadeiras de deputados e 27 das 72 de senador. Dissidente do governo Kirchner, Sergio Massa aparece como uma peça-chave no cenário político argentino.

Prefeito de Tigre, o peronista de 41 anos teve sua lista como mais votada na região de Buenos Aires, circunscrição estratégica, que concentra 35 dos 257 deputados. "Demos o primeiro passo em direção a uma grande frente política", declarou o ex-chefe de gabinete, visto por seus partidários como candidato à eleição presidencial de 2015 contra o kirchnerismo.

A votação de domingo, que serve como um ensaio geral para o pleito de 27 de outubro, confirma o predomínio da Frente pela Vitória (FPV, de Cristina Kirchner) na Câmara dos Deputados, mas mostra um enfraquecimento de sua maioria no Senado. "Estamos mantendo ou aumentado a representação do FPV", minimizou a presidenta no fim do dia.

Nos bastidores, ela tenta emendar a Constituição para concorrer a um terceiro mandato. Mas, isso só seria possível com o apoio de dois terços do Senado, uma perspectiva que se distancia com a prévia.

Ela está sob pressão de seus adversários, que denunciam práticas autoritárias, passividade diante da corrupção e da insegurança, uma política econômica protecionista e criticam a nacionalização, em 2012, da companhia petrolífera pública YPF, que causou imenso prejuízo à espanhola Repsol. A sigla de esquerda UNEN, que une o Partido Socialista de Hermes Biner (segundo colocado na corrida presidencial de 2011) e os social-democratas da UCR, superou o conservador PRO, presidido pelo rabino Sergio Bergman.

 

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