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EUA/Ajuda ao Egito

Europeus e americanos estudam revisão de ajuda financeira ao Egito

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, discute nessa terça-feira, 20 de agosto, com sua equipe de Segurança Nacional a ajuda financeira ao Egito, anunciou Josh Earnest, porta-voz da Casa Branca. Ele desmentiu, no entanto, informações publicadas pelo site The Daily Beast, que diziam que o aporte, estimado em US$ 1,5 bilhão ao ano, teria sido descontinuado "em segredo". União Europeia também estuda posição comum sobre a crise no Egito durante reunião de urgência em Bruxelas nessa quarta-feira. 

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em coletiva de imprensa, no dia 9 de agosto
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em coletiva de imprensa, no dia 9 de agosto REUTERS/Jason Reed
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O motivo da reavaliação da ajuda é a sangrenta repressão que o exército egípcio tem promovido contra os manifestantes favoráveis ao presidente deposto Mohamed Mursi. A pressão internacional aumentou desde a semana passada, quando o governo egípcio ordenou a evacuação de duas praças do Cairo, em uma operação que resultou na morte de mais de 600 pessoas.

Barack Obama condenou a ação e já anulou uma série de manobras militares que deveriam ser realizadas em parceria com o Cairo. O presidente norte-americano também anunciou que a ajuda financeira seria reavaliada. "A revisão não está concluída", insistiu Josh Earnest, porta-voz da Casa Branca.

Nesta terça-feira, um assessor do senador democrata Patrick Leahy, responsável pela comissão que supervisiona as ajudas financeiras a países estrangeiros, afirmou que a assitência ao Egito teria sido "interrompida". Mas acrescentou que não se trata de uma política oficial, mas de uma prática momentânea.

Europeus se mobilizam

Uma reunião extraordinária sobre a crise egípcia também será organizada nessa quarta-feira, 21 de agosto, em Bruxelas. Os ministros das Relações Exteriores do bloco vão tentar chegar a uma posição comum diante da situação no país. A questão do possível corte ou da suspensão temporária de uma parte da ajuda financeira oferecida pelos 27 ao Cairo e acordos ligados a segurança estarão no centro das discussões.

Nessa terça-feira a chefe da diplomacia europeia Catherine Ashton também se disse disposta a retornar ao Cairo para tentar uma saída política da crise. “Eu disse ao primeiro-ministro egípcio durante o fim de semana que poderia voltar caso ele queira”, comentou ela poucas horas antes do início da reunião dos chanceleres do bloco. A representante de Bruxelas esteve no Cairo duas vezes desde a queda do presidente Mohamed Mursi, em 3 de julho. Ela também foi a primeira responsável estrangeira a conseguir se encontrar com o chefe de Estado deposto após sua saída do poder.

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