FARCs retomam negociações com governo colombiano
O governo colombiano e os representantes das FARC, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, retomaram as negociações nesta segunda-feira em Havana. Os guerrilheiros impuseram uma pausa na sexta-feira para denunciar o projeto do governo de submeter o acordo de paz ao referendo popular.
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"Um acordo de paz não é um assunto que se decide de maneira unilateral, por um mecanismo de ratificação", declarou o chefe da delegação das FARC, Ivan Marquez, quando chegou ao local onde as discussões acontecem desde novembro. Como de costume, a delegação do governo não fez declarações à imprensa.
"O mecanismo de ratificação de um eventual acordo de paz não é um elemento que pode ser definido unicamente pelo governo", insistiu. "O que a Colômbia precisa é de Justiça Social", reiterou, dizendo que a iniciativa do governo era uma violação do acordo geral concluído em Havana.
As FARCs propõem há várias semanas a criação de uma assembleia constituinte para ratificar o acordo e definir a maneira como ele se enquadraria na Constituição.
Depois de chegarem a um consenso sobre o desenvolvimento rural, o primeiro dos cinco pontos que serão discutidos nas reuniões, o governo e a guerrilha agora debatem a participação dos guerrilheiros na vida política.
A luta contra o tráfico de drogas, o abandono das armas e a indenização das vítimas desse conflito de meio século são outros três pontos que devem ser abordados durante as discussões. O objetivo do presidente colombiano Juan Manuel Santos é finalizar as negociações até o fim do ano.
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