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Venezuela/Política

Governo venezuelano reforça policiamento em bairro de Caracas

Mais de mil policiais da tropa de choque foram enviados pelas autoridades venezuelanas para o bairro de Chacao, no leste de Caracas, onde protestos violentos opõem oposição e o governo de Nicolas Maduro há quase cinco semanas.

Ao redor da emblemática Praça Altamira, membros da Guarda Nacional Bolivariana patrulham o bairro nesta segunda-feira .17 de março de 2014
Ao redor da emblemática Praça Altamira, membros da Guarda Nacional Bolivariana patrulham o bairro nesta segunda-feira .17 de março de 2014 REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
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Esta mobilização é apontada pelo governo de Maduro como uma operação para “libertar” este reduto da oposição que apóia o movimento de protesto lançado no início de fevereiro pelos estudantes contra o poder executivo do país.

Chacao, um bairro empresarial e residencial para os venezuelanos das classes média e alta, se transformou em um dos palcos dos protestos violentos que já deixaram 28 mortos no país.

Após várias semanas de barricadas e confrontos, a polícia venezuelana tomou o controle do bairro na madrugada desta segunda-feira, o que permitiu às equipes de limpeza retirar destroços das ruas, particularmente em torno da Praça Altamira, local de muita agitação durante a noite.

Além dos policiais patrulhando o local à pé, cerca de 150 motocicletas vigiam as ruas de Chacao enquanto a Guarda Nacional efetua batidas aleatórias. Através do Twitter, a ministra da Comunicação, Delcy Rodriguez, afirmou que a Praça Altamira e seus arredores “foram liberados pelo governo para benefício de todos!”.

Insegurança e inflação em alta

Desde o dia 4 de fevereiro, o governo é alvo de uma onda de protestos sem precedentes após a eleição de Nicolas Maduro, em abril de 2013. O movimento, lançado no interior do país por estudantes e que se propagou para toda a Venezuela, tem como objetivo protestar contra a gestão do governo em temas como criminalidade, alta da inflação (+ 57,3%), e escassez de produtos de base para a população, principalmente de alimentos.

Além dos 28 mortos, a violência registrada à margem das manifestações já deixou pelo menos 400 feridos.

No final da semana passada, o presidente Maduro lançou uma ofensiva policial nos redutos de militantes radicais da oposição em Caracas, nas regiões de São Cristobal (noroeste) e Valencia (norte). As operações resultaram em dezenas de detenções e o confisco de materiais usados nas barricadas e protestos.
 

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