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Ebola/EUA

EUA buscam pessoas expostas à primeira vítima de Ebola no país

Os Estados Unidos temem que o primeiro paciente de Ebola diagnosticado no país tenha contaminado outras pessoas. Um erro do hospital do Texas, onde o paciente está internado desde o dia 28 do mês passado, contribuiu para atrasar o diagnóstico e possibilitar a contaminação de outras pessoas.

Hospital Presbiteriano do Texas, em Dallas, onde está internado paciente diagnosticado com Ebola.
Hospital Presbiteriano do Texas, em Dallas, onde está internado paciente diagnosticado com Ebola. REUTERS/Mike Stone
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O liberiano de 42 anos começou a se sentir mal no dia 24 de setembro, quatro dias após ter chegado da Libéria, e foi ao serviço de emergência do hospital de Dallas no dia 25 de setembro. “Nesse momento, ele apresentava um pouco de febre e dores abdominais, mas nada que justificasse uma internação. Ele não tinha sintomas específicos de Ebola”, disse comunicado do Hospital Presbiteriano de Dallas, no Texas. Diante do quadro, ele foi enviado para casa com o diagnóstico de uma "infecção viral benigna" e recebeu um tratamento com antibióticos.

No dia 28, porém, ele voltou ao hospital de ambulância e foi colocado em quarentena. O diagnóstico de Ebola foi confirmado na terça-feira (30). O vice-presidente do hospital, o médico Mark Lester, lamentou o “erro” de procedimento em relação a esse paciente. No pronto-socorro, o liberiano informou que era a sua primeira viagem aos Estados Unidos, onde deveria visitar amigos e familiares, e também declarou que vinha da Libéria. Essas informações foram anotadas no seu prontuário, mas não foram “transmitidas corretamente” para as equipes médicas, declarou Mark à imprensa americana.

Risco de epidemia nos EUA

As autoridades sanitárias dos EUA asseguram que o risco de uma epidemia de Ebola se instalar no país não existe. Também foi descartada a possibilidade de o liberiano ter contaminado os outros passageiros do avião que o levou da Libéria a Dallas entre os dias 19 e 20 de setembro. Nessa data, ele ainda não apresentava nenhum sintoma da doença e “não era contagioso”, garantem os médicos.

Já em território norte-americano, os agentes sanitários americanos tentam rastrear todas as pessoas que foram expostas ao contato com o homem infectado com Ebola, incluindo algumas crianças. Estima-se que pelo menos 20 pessoas estejam nessa lista. Elas serão “criteriosamente monitoradas por 21 dias”. Nesse período, a temperatura será controlada duas vezes por dia. As informações coletadas serão partilhadas entre as autoridades sanitárias em nível federal e local.

 Estabilização da epidemia na Libéria

O governo da Libéria aponta uma estabilização da doença no país, que é um dos mais atingidos pela febre hemorrágica causada pelo vírus Ebola. A epidemia, que atinge principalmente países do oeste africano, é a mais grave desde a identificação do vírus em 1976. Segundo o último balanço da OMS (Organização Mundial de Saúde), 7.178 casos foram confirmados e 3.338 pessoas já morreram.

 

 

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