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EUA/ imigração

Obama pede para Congresso aprovar reforma da imigração

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu neste sábado (22) aos parlamentares que aprovem o plano de reforma da imigração, que pretende regularizar por decreto a situação de quase 5 milhões de imigrantes clandestinos que vivem no país. Desde o anúncio do texto, na quinta-feira (20), a oposição ameaça bloquear o projeto.

Presidente Barack Obama fez um discurso neste sábado em Las Vegas.
Presidente Barack Obama fez um discurso neste sábado em Las Vegas. REUTERS/Mike Blake
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“Eu sempre acho que o melhor meio de resolver o problema é trabalhando juntos, os dois partidos, para votar uma lei”, declarou Obama durante seu programa semanal em cadeia de rádio e televisão. O projeto foi aprovado pelo Senado, mas rejeitado na Câmara dos Representantes.

“Essa lei reforçaria as nossas fronteiras e daria aos imigrantes, já instalados aqui há muito tempo, a possibilidade de avançar num processo de naturalização”, disse o presidente, direto de Las Vegas, de onde ele lançou a campanha por uma reforma sobre o tema, há dois anos. “À espera [da lei], há algumas coisas que eu posso fazer, ações similares às feitas por presidentes democratas e republicanos antes de mim, que tornam o nosso sistema de imigração mais justo”, observou.

Origem dos imigrante

O projeto apresentado por Obama propõe a regularização de 4,7 milhões de imigrantes ilegais, de um total de 11 milhões que vivem no país e correm o risco de serem deportados. Cerca de 60% deles moram em seis estados: Califórnia, Flórida, Illinois, Nova Jersey, Nova York e Texas. Quase metade do total de imigrantes é de origem mexicana e a metade está nos Estados Unidos há mais de 13 anos.

A partir de março do ano que vem, todos os clandestinos que moram há mais de cinco anos nos Estados Unidos e tenham um filho americano ou com um visto de residente permanente poderão pedir uma autorização de trabalho por três anos.

“Não se trata nem de uma garantia de cidadania, nem um direito de permanecer aqui de maneira permanente”, ressaltou o presidente. Os adversários republicanos classificam o plano de inconstitucional e prometem combatê-lo no Congresso e na justiça.

Presidente mexicano parabeniza iniciativa

O presidente do México, Enrique Peña Nieto, elogiou o programa nesta sexta-feira (21), dizendo que foram “as medidas mais importantes tomadas em várias décadas”, que irão permitir que as famílias permaneçam juntas. “Quero reconhecer publicamente o presidente dos Estados Unidos pelo anúncio de ontem (quinta-feira)”, declarou Peña Nieto em uma conferência no México. “Estas medidas levam alívio principalmente a imigrantes mexicanos.”

“Aqueles que serão beneficiados são migrantes de origem mexicana que vivem nos Estados Unidos há anos… este é um ato de justiça que reconhece a grande contribuição de milhões de mexicanos ao desenvolvimento de nosso vizinho”, completou.
 

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