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Estados Unidos/ mortes

Obama condena morte de dois policiais por homem negro

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, condenou “incondicionalmente”, na noite deste sábado (20), o assassinato de dois policiais em Nova York, mortos a sangue-frio por um homem em plena luz do dia. O caso acontece em um momento de tensões e manifestações em todo o país, contra as mortes de negros pela polícia americana.

Bombeiros honram passagem dos corpos dos policiais mortos na tarde deste sábado (20), no Brooklyn.
Bombeiros honram passagem dos corpos dos policiais mortos na tarde deste sábado (20), no Brooklyn. REUTERS/Carlo Allegri
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“Dois homens corajosos não vão voltar para as suas casas nesta noite, para junto de seus próximos. Para isso, não há justificativas”, declarou Obama, em um comunicado divulgado durante a madrugada. “Peço às pessoas rejeitarem a violência e as palavras que machucam, e preferirem as palavras que curam.”

Os dois policiais, Wenjian Liu e Rafael Ramos, foram atingidos pelo agressor dentro da viatura na qual circulavam, no Brooklyn. Eles não tiveram tempo de sacar as armas de serviço e reagir ao ataque, recebendo vários tiros pela janela do veículo. O autor do crime é um homem negro de 28 anos, que ao perceber que era perseguido pela polícia ao fugir a pé, se suicidou em uma estação de metrô.

Agressor escrevia posts contra a polícia

O agressor foi identificado como Isamaaiyl Brinsley, que seria membro de uma gangue de Baltimore e não teria ligação com o terrorismo, informou o chefe da polícia Bill Bratton, em uma coletiva de imprensa. Nas redes sociais, Brinsley teria manifestado várias vezes a vontade de matar policiais e vinha criticando os abusos da polícia contra os negros.

O ataque aconteceu por volta das 14h50 (17h50 no horário de Brasília) no bairro de Bedford Stuyvesant, sudeste da cidade. O procurador do estado de Nova York, Eric Schneiderman, denunciou um "ato de violência atroz" e prestou suas condolências aos parentes das vítimas.

Tensão racial

As mortes ocorrem em um contexto de tensão na cidade, iniciada após a polêmica decisão judicial de encerrar o processo contra um policial envolvido na morte de um pai de família negro, Eric Garner. O prefeito de Nova York, o democrata Bill de Blasio, denunciou “um assassinato que parece uma execução”. “Nossa cidade inteira foi atacada por este homem raivoso”, afirmou. Nas redes sociais, dezenas de policiais disseram estar chocados com o crime e enviaram os pêsames às famílias das vítimas.

 

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