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Cristina Kirchner/Nisman

Perícia feita por família aponta "homicídio" de promotor argentino Nisman

Uma enquete independente, encomendada pela família do procurador argentino Alberto Nisman, encontrado morto misteriosamente em janeiro, concluiu que ele foi “vítima de homicídio”. A informação foi divulgada por sua ex-mulher, Sandra Arroyo Salgado, juíza federal, durante uma coletiva de imprensa, nesta quinta-feira (5), em Buenos Aires.

A juíza federal Sandra Arroyo Salgado, ex-mulher do procurador Alberto Nisman.
A juíza federal Sandra Arroyo Salgado, ex-mulher do procurador Alberto Nisman. REUTERS/Enrique Marcarian
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Alberto Nisman acusava a presidente argentina, Cristina Kirchner, de entrave à justiça na investigação sobre um atentado antissemita que matou 85 pessoas e deixou 300 feridos em Buenos Aires, em 1994. Ela teria acobertado o governo iraniano, principal suspeito do ataque, em troca de acordos comerciais.

Quatro dias depois de ter feito a denúncia e um dia antes de se apresentar diante do Congresso para se explicar, Nisman é encontrado morto em seu apartamento, no dia 18 de janeiro, após suposto suicídio, com uma bala na cabeça e uma pistola perto do corpo. A investigação oficial sobre a morte suspeita ainda não terminou.

“Podemos concluir, sem dúvidas, que Nisman foi vítima de um homicídio”, afirmou Sandra Arroyo Salgado, mãe das duas filhas do procurador morto. O relatório da família indica que “o corpo foi movido”, contradizendo a versão oficial, de que estava dentro do banheiro, travando a porta. Segundo a ex-mulher de Nisman, “a autópsia levou a conclusões parciais, precipitadas e equivocadas”, favorecendo a “impunidade do ou dos assassinos”.

Apelo

O promotor federal Gerardo Pollicita apelou nesta quarta-feira (4) da decisão do juiz Daniel Rafecas de rejeitar denúncia contra a presidente argentina, Cristina Kirchner, de acobertar iranianos no atentado antissemita de 1994. Pollicita qualificou a decisão de Rafecas, anunciada na semana passada, de “prematura" e "precipitada".

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