Angola: agrava-se estado de saúde de dois activistas

Manuel Chivonde Baptista Nito Alves e Albano Evaristo Bingo Bingo, dois activistas do caso 15+2 sofrem de patologias ligadas à violência a que foram sujeitos durante os seis meses em que  estiveram detidos, segundo o também activista angolano Emiliano Catumbela.

Angola: libertem os 15+2 activistas detidos Central Angola

O estado de saúde de Nito Alves foi esta segunda-feira (28/12) analisado na clinica privada Alvalade em Luanda, enquanto Albano Bingo Bingo apenas amanhã será observado no hospital-prisão de São Paulo, na capital angolana.

Quem o afirma é o jovem activista Emiliano Catumbela, que se encontrava em casa de Nito Alves quando este regressou da clínica, onde lhe foi diagnosticado "paludismo, febre tifóide e gastrite", mas já está a medicar-se.

Albano Bingo Bingo, "sofre do peito, tem o coração fechado, gripe, dores de cabeça, ele não consegue às vezes falar em condições, tem problemas respiratórios, tonturas e fraqueza".

Bingobingo  é natural do Moxico, mas não foi autorizado a deixar Luanda, pelo que reside em casa da família de Nito Alves.

Emiliano Catumbela acredita que as patologias de que padecem os dois activistas são sequelas das violências físicas e psicológicas a que os activistas foram sujeitos na prisão onde estiveram detidos desde 20 de Junho até 18 de Dezembro, data em que foram colocados em regime de prisão domiciliária.

"Antes da detenção eles estavam bem de saúde, depois de sofrerem aquelas agressões psicológicas, físicas nas células solitárias..." afirma Emiliano Catumbela para quem "não sabemos se foram envenenados por aquelas tintas, se a roupa que usavam estava envenenada".

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Emiliano Catumbela, activista angolano