Isaías Samakuva quer despartidarização das instituições
Líder da UNITA, Isaías Samakuva pediu a despartidarização das instituições do Estado, considerou "dramático" o estado da Nação, mas dá o" benefício da dúvida" ao Presidente João Lourenço a quem pediu independência em relação ao MPLA.
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Na sua réplica ao discurso sobre o estado da Nação proferido a 16 de Outubro pelo Presidente João Lourenço, Isaías Samakuva exigiu esta segunda-feira (23/10) imprensa livre e independência do Presidente em relação ao seu partido o MPLA. |
Isaías Samakuva, presidente da UNITA
O líder da UNITA disse esperar um chefe de Estado que não dependa do partido do qual ele não é presidente e pediu também que se despartidarizem as instituições, começando pela PGR, para entre outros combater os monopólios. “Despartidarizar a justiça, tirar a Procuradoria da República da dependência do Presidente da República, implica igualmente não condicionar a nomeação dos juízes à composição do Parlamento”, O líder da UNITA, que já anunciou a sua ikntenção de abandonar a presidência do partido, reconheceu ainda que o novo chefe de Estado angolano já deu "alguns sinais" de que pretende "corrigir o que está mal", mas sem explicar como, por estar dependente, do presidente do MPLA. O líder da oposição considerou que "estado atual da Nação é dramático e complexo porque já temos dito que o Estado faliu e encontra-se numa situação delicada. Angola vive um tempo assaz complexo, que exige a nossa cuidada atenção". "Depois de 38 anos, o país tem um novo Presidente da República, cujo discurso nos leva a criar novas expectativas e, por isso, a dar-lhe algum benefício de dúvida. Ele diz-nos que foi eleito para corrigir o que está mal, embora ainda não nos tenha dito como vai alargar a sua autoridade limitada pelos estatutos do seu partido, a que está vinculado, nem nos tenha dito ainda como vai poder fazê-lo com uma Constituição atípica, feita para satisfazer os anseios do Presidente o anterior". Samakuva admitiu ainda conferir o "benefício da dúvida" a João Lourenço, nos primeiros 100 dias da nova governação e exortou o chefe de Estado a acabar com o "poder real" que afirma existir em Angola, controlado por elementos à volta do anterior Presidente, José Eduardo dos Santos. | |
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