FLEC/FAC propõem roteiro de paz ao exército angolano
Um comunicado da FLEC/FAC propõe um "roteiro" ao novo chefe de Estado maior das forças armadas um roteiro para por fim às hostilidades em Cabinda. Os independentistas exigem a retirada das forças militares angolanas e demonstram-se abertos para no prazo de 30 dias estabelecerem contactos com as novas autoridades de Luanda.
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O comunicado da Frente de Libertação do Estado de Cabinda, com data de 26 de Abril de 2018, é assinado pelo general Zing Zong Júnior Sousa, inspector geral da defesa nacional do governo provisório do enclave.
O território é administrado por Luanda desde a independência de Angola em relação a Portugal.
Lisboa que assinara o Tratado de Simulambuco com as autoridades cabindas em 1885 estabelecendo um protectorado português no território.
Facto que as FLEC continuam a esgrimir em termos de argumentos para descartar a pertença do território a Angola, consumada após os Acordos de Alvor de 1975, acusando Portugal de os ter deixado entregues aos angolanos.
Este documento foi tornado pública na semana em que o presidente angolano, João Lourenço, no poder há menos de sete meses, anunciou a nomeação de um novo chefe de Estado maior das forças armadas, o general António Egídio de Sousa Santos.
É a este último que se dirigem as FLEC/FAC pedindo também o respeito escrupuloso dos direitos humanos e da dignidade da população de Cabinda.
A 8 de Novembro o novo chefe de Estado, João Lourenço, presidiu no território a primeira reunião descentralizada do Conselho de ministros deAngola no actual mandato.
Um território que fica encravado entre o antigo Congo francês, a norte, e o antigo Congo belga, a sul e a leste (ver mapa).
O general Afonso Nzau, comandante operacional das FLEC/FAC, alega que até ao momento não receberam resposta para as duas cartas que enviaram ao novo presidente angolano, mas dirigem-se agora à nova hierarquia militar angolana por acreditarem ser necessária "uma mesa redonda".
Segundo aquele responsável dos independentistas cabindas "a luta armada não pode resolver o problema de Cabinda", justificando-se com factos históricos e geográficos para sustentar as suas teses e lamentando o facto de "os angolanos não nos quererem ouvir".
General Afonso Nzau, comandante operacional das FLEC/FAC
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