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Presidente angolano pede diálogo entre televisões e UNITA

O presidente angolano comentou, esta quarta-feira, o contencioso que opõe a UNITA e os canais televisivos TPA e TV Zimbo. João Lourenço apelou ao diálogo para acabar com o boicote da cobertura destas televisões ao maior partido da oposição, na sequência de actos de intimidação a jornalistas numa marcha em Luanda.

Presidente angolano, João Lourenço.
Presidente angolano, João Lourenço. AP - Andrew Caballero-Reynolds
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O Presidente angolano apelou, esta quarta-feira, ao diálogo entre as duas televisões públicas do país e a UNITA. A TPA e a TV Zimbo tinham decidido boicotar a cobertura do maior partido da oposição, depois de actos de intimidação a jornalistas numa marcha na capital.

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João Lourenço, presidente angolano, sobre diferendo UNITA TPA TV ZIMBO, 16/9/2021

Questionado pelos jornalistas, João Lourenço disse que as televisões “é que sentiram na pele a intolerância por parte de um determinado partido político, sentiram a vida dos seus jornalistas, dos seus profissionais, em causa, em perigo, e reagiram da forma que todos nós vimos”.  Além disso, o Presidente sublinhou que a decisão de não cobrir mais acções da UNITA coube aos “ofendidos, no caso os órgãos de comunicação social”.

O chefe de Estado angolano disse, ainda, acreditar que "a guerra dos comunicados” que se gerou depois, de parte a parte, também “não ajuda”.

Antes pelo contrário, acirra cada vez mais os ânimos, faz aumentar o nível de tensão, que nós, enquanto responsáveis políticos desse país, devemos procurar evitar”, considerou.

Por isso, João Lourenço afirmou que “é uma questão de diálogo, de conversarem”, acreditando que, se “isso acontecer, os ofendidos acabarão por perdoar e vai voltar tudo ao normal”.

O nosso país já passou por situações bem piores a esta e, digamos, que os responsáveis por tais situações acabaram por pedir desculpas e os lesados aceitarem estas mesmas desculpas, portanto, é uma questão de conversarem e acredito que nos próximos dias o clima estará bastante desanuviado”, declarou.

Esta semana, o Sindicato dos Jornalistas Angolanos também apelou ao diálogo e pediu aos jornalistas que se abstenham de participar em disputas políticas porque o contexto político, a um ano das eleições gerais em 2022, exige “serenidade” e lembrando que o presidente da UNITA, Adalberto da Costa Júnior, repudiou no mesmo dia as ameaças e obstrução à actividade dos jornalistas daqueles canais.

Por sua vez, em comunicado divulgado após o pronunciamento dos dois canais, a UNITA considerou que a decisão vem "confirmar e oficializar a reiterada censura" e violação das leis e deontologia.

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