Sindicato do ensino superior e governo angolano chegam a entendimento
O SINPES, Sindicato dos Professores do Ensino Superior de Angola, chegou ontem a um acordo com o governo sobre alguns dos 8 pontos do caderno reivindicativo que estava em cima da mesa desde 2018 e que motivou o arranque de uma nova greve por tempo indeterminado no passado dia 10 de Novembro.
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Amanhã a classe deve determinar em assembleia geral se suspende ou mantém a greve, na sequência dos compromissos obtidos ontem, entre os quais figuram aumentos salariais, o pagamento da dívida pública, a melhoria das infra-estruturas e o financiamento da pesquisa. Ao dar conta de alguns desses pontos, o secretário nacional do SINPES, Eduardo Peres Alberto, recorda que se o governo não cumprir a sua promessa, a greve pode retomar.
"O governo compromete-se a viabilizar os oito pontos do caderno reivindicativo, com excepção de um ponto que foi remetido as instituições públicas do ensino superior que é o seguro médico, mas o governo concorda que até dia 14 de Dezembro vão se realizar as eleições nas instituições do ensino superior. O governo também concorda em remeter para o sindicato no dia 9 de Dezembro a contraproposta dos salários e o governo disponibilizou 2 milhões de Dólares para a formação e formação contínua dos docentes e trabalhadores não docentes. Também colocou à disposição 10 milhões de Dólares para a investigação científica", começa por esclarecer o líder sindical.
Ao referir que para já trata-se de "um conjunto de promessas", Eduardo Peres Alberto refere que a classe docente "agora espera que o governo cumpra as suas promessas. Aliás a assembleia geral do dia 19 de Novembro, amanhã, vai determinar se haverá manutenção ou interrupção da greve", o sindicalista recordando que "se o governo não respeitar (as promessas), retoma-se a greve. Aliás, a assembleia geral vai deliberar sobre a data da retomada da greve, caso o governo não cumpra os seus prazos".
Eduardo Peres Alberto, Secretário Nacional do SINPES
Recorde-se que desde 2018, o SINPES tinha remetido ao governo um caderno reivindicativo em que reclamava a realização de eleições nas instituições públicas do ensino superior, melhorias salariais, o pagamento da dívida pública, o provimento administrativo excepcional dos docentes na carreira, investimento nas infra-estruturas das instituições do ensino superior bem como na formação contínua dos docentes e na investigação científica.
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