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Angola

Luanda: Vandalismo mancha greve de taxistas

Luanda foi palco de vários incidentes esta segunda-feira, 10 de Janeiro, que resultaram na vandalização da sede do comité do MPLA, partido no poder, e na destruição de um autocarro. Os actos foram cometidos por populares que contestam o movimento social dos taxistas que está a paralisar a capital angolana.

Comité do MPLA vandalizado em Luanda, cidade que foi palco de distúrbios e atos de vandalismo esta manhã, no dia em que se iniciou uma greve de taxistas, Luanda, 10 de janeiro de 2022. A greve foi convocada pela Associação Nova Aliança dos Taxistas de Angola (ANATA), Associação dos Taxistas de Angola e Associação dos Taxistas de Luanda e estende-se a outras seis províncias do país.
Comité do MPLA vandalizado em Luanda, cidade que foi palco de distúrbios e atos de vandalismo esta manhã, no dia em que se iniciou uma greve de taxistas, Luanda, 10 de janeiro de 2022. A greve foi convocada pela Associação Nova Aliança dos Taxistas de Angola (ANATA), Associação dos Taxistas de Angola e Associação dos Taxistas de Luanda e estende-se a outras seis províncias do país. © LUSA - AMPE ROGÉRIO
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A sede do comité do MPLA, partido no poder, foi alvo de vandalização e um autocarro do Centro de Hemodiálise, propriedade do ministério da Saúde, completamente carbonizado e pilhado. 

De acordo com os testemunhos, os actos resultaram da acção dos populares que contestavam, desde as primeiras horas da manhã, o movimento social dos taxistas iniciado segunda-feira e que está a paralisar a capital angolana. 

Os taxistas estão contra aquilo que consideram ser “a discriminação na fiscalização do decreto sobre a situação de calamidade publica, desrespeito e excesso de zelo dos agentes da polícia”, entre outros. A greve deve manter-se até amanhã, quarta-feira. 

Ao microfone da agência de notícias Lusa,  Arnaldo Lucas reconheceu que esta situação mostra o descontentamento da população e espera que o governo tome medidas 

“O povo tem as suas razões, o povo está insatisfeito, mas actos como estes são reprováveis. É uma situação que está a cansar a  juventude angolana. Como não há respostas, aqueles menos pacientes são os que partem para acções como estas. Independentemente de estar a encontrar culpados, é importante que o nosso governo tome a posição certa para poder resolver a situação que está a acontecer no nosso país”, explicou.

Os actos de vandalismo já foram criticados pelos militantes do MPLA.

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