Guiné-Bissau: greve de cinco dias na comunicação social estatal
Os órgãos públicos de comunicação social da Guiné-Bissau decretaram uma greve geral de cinco dias úteis. A greve foi convocada para paralisar os serviços da Radiodifusão Nacional, da Televisão da Guiné-Bissau, da Agência Noticiosa da Guiné e do jornal Nô Pintcha.
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O sindicato que representa os quatro órgãos reivindica a conclusão do processo de efectivação de cerca de 100 jornalistas e técnicos e exige o pagamento de pelo menos cinco dos 22 meses de subsídios em dívida com funcionários em processo de efectivação.
O sindicato também reivindica a aplicação do Estatuto Remuneratório dos profissionais dos quatro órgãos: Televisão da Guiné-Bissau, Agência Noticiosa da Guiné, Jornal Nô Pintcha e Rádio Nacional.
Ainda pede um esclarecimento por parte do Ministério das Finanças sobre os “fundos provenientes da cobrança da taxa de audiovisual destinada” aos órgãos públicos.
Em 2020, o Governo instituiu um imposto a ser pago pelos funcionários públicos para financiar o funcionamento dos órgãos de comunicação social. O sindicato diz que até hoje não viu nada.
No dia do arranque da greve, na quarta-feira, o porta-voz do sindicato, Zaim Pereira de Jesus, dizia que a paralisação tinha atingido 80% de adesão, mas na verdade os profissionais da Televisão da Guiné-Bissau não aderiram à greve.
A paralisação deve terminar na terça-feira, dia 06.
Ouça aqui a correspondência de Mussa Baldé, correspondente em Bissau.
Correspondência de Mussa Baldé, 02/09/2022
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