Angola: enfermeiros de Luanda em greve por melhores condições salariais
Luanda – Os enfermeiros de Luanda voltam a estar em greve até ao próximo dia 15 de Dezembro devido à falta de cumprimento das reivindicações pela entidade patronal. A classe diz que, apesar da greve, os serviços mínimos se encontram a funcionar, nomeadamente, os bancos de urgência, salas de parto, cuidados intensivos e bloco operatório.
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O secretário-geral do Sindicato dos Técnicos de Enfermagem de Luanda, Afonso Kileba, explica que os associados decidiram regressar à greve, pelo facto de não obterem, até agora, uma resposta do Governo Provincial de Luanda, em relação ao caderno reivindicativo da classe.
Segundo Afonso Kileba, responsável do movimento sindical, os profissionais de saúde exigem apenas melhores condições de trabalho, acertos de categorias e subsídio de alimentação, um dossier que já se encontra algum tempo em posse da tutela.
“As unidades sanitárias, todas elas do nível primário e do nível provincial observam uma greve total, mas são garantidos os cuidados essenciais, a sala de parto, banco de urgência, cuidados intensivos e bloco operatório. Que a base da greve está no não cumprimento dos acordos assinados entre o sindicato e o Governo Provincial de Luanda”, avançou o líder associativo.
O sindicalista atribui a paternidade da greve, que se arrasta até sexta-feira, ao Governo Provincial de Luanda por, alegadamente não honrar os acordos assinados com o Sindicato dos Técnicos de Enfermagem de Luanda.
“Muitas das vezes, podemos pensar que são os profissionais que estão a fazer a greve, mas não. Nós não estamos a fazer greve nenhuma. A greve quem faz é o próprio governo…não aceitar ou não cumprir com os compromissos ora assumidos em acta de negociações, logo nos chamam atenção [para] o despoletamento da greve”, lembrou Afonso Kileba.
António Afonso Kileba, o secretário-geral do Sindicato dos Técnicos de Enfermagem de Luanda, adverte que, depois da suspensão da paralisação na sexta-feira, os profissionais dão sequência à greve na próxima semana, pressionando a entidade patronal a responder à reivindicação dos enfermeiros.
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