Vida está cada vez mais cara no Brasil, analisa Le Monde
O correspondente do Le Monde no Brasil analisa na edição desta quinta-feira do jornal os paradoxos da economia brasileira. O jornalista explica que as grandes cidades do país estão entre as mais caras do mundo, e que o número de bilionários brasileiros não pára de crescer
Publicado a: Modificado a:
Em uma crônica intitulada “Números que deixam tonto”, o correspondente do Le Monde no Brasil aponta os contrastes que marcam a economia brasileira. De automóveis à roupas e calçados, passando por medicamentos, brinquedos, perfumes e restaurantes, o jornalista explica que atualmente vários produtos custam mais caro no Brasil que no exterior.
O correspondente dá o exemplo do Big Mac, um dos índices usados pelos economistas para medir o custo de vida no mundo. O sanduíche brasileiro é o quarto mais caro do planeta. O jornalista continua a lista relatando que um croissant em um bar de Brasília custa cinco vezes mais que em Paris e que um bilhete de metrô na capital brasileira é seis vezes mais caro que em Buenos Aires.
Le Monde analisa os efeitos desse aumento de preços que atinge os produtos brasileiros. Segundo o artigo, a alta do custo de vida provoca uma supervalorização do real, que já ganhou 110% nos últimos oito anos face ao dólar.
Bilionários
O texto do correspondente também analisa o número de bilionários brasileiros, que não pára de crescer. Baseado nos índices divulgados recentemente pela revista norte-americana Forbes, o artigo relata que São Paulo já está na sexta posição no ranking mundial dos super-ricos, à frente de Los Angeles e Tóquio. “A cidade conta sete bilionários a mais que no ano passado, um sinal do enriquecimento das elites brasileiras”, ressalta Le Monde, lembrando que o patrimônio desses privilegiados dobrou em um ano.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro