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Vale/Davos

Vale concorre a prêmio de pior empresa do mundo em impacto ambiental

A empresa de mineração Vale é uma das seis finalistas do prêmio Public Eye Award, criado pelo Greenpeace e a ONG suíça Berne Declaration, que indica a pior empresa do mundo em termos de impacto humano e ambiental.

A barragem de Monte Belo será construída no rio Xingu, que atravessa os estados do Mato Grosso e do Pará.
A barragem de Monte Belo será construída no rio Xingu, que atravessa os estados do Mato Grosso e do Pará. FLIKR
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O vencedor será apresentado durante o Fórum Econômico de Davos, na Suíça, que começa no dia 25 de janeiro. O prêmio foi criado no ano 2000 e o vencedor será escolhido através de uma votação popular. Até agora, a Vale, a segunda maior mineradora do mundo, já obteve 11.369 votos e está em segundo lugar, perdendo apenas para a Tepco. A empresa de eletricidade administra a central de Fukushima, no Japão, onde ocorreu um dos piores acidentes nucleares da história, depois do Tsunami que atingiu o país em 2011. Também concorrem ao título as empresas Samsung, Syngenta, Barclays, e Freeport.

A Vale foi indicada pela sua atuação na construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, que deverá provocar o deslocamento de pelo menos 40 mil pessoas, segundo a ONG brasileira Justiça nos Trilhos. As obras deverão afetar comunidades indígenas do Xingu, e, além disso, segundo especialistas, poderia provocar a interrupção de cerca de 100 quilômetros no Xingu, afetando populações ribeirinhas, pescadores, tribos e dois municípios. Sua capacidade energética também é questionada. Diversos protestos antecederam o leilão da usina, em abril de 2010. Personalidades como o diretor do filme Avatar, James Cameron, estiveram presentes às manifestações, sem resultado.

A hidrelétrica, a terceira maior do mundo, deve entrar em funcionamento em 2015. O custo total da obra está orçado em 19 bilhões de reais, e a usina terá capacidade de 11.233 Megawatts. Trata-se da segunda maior obra do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Segundo o governo, a obra é necessária para suprir a demanda de energia do país, e deverá beneficiar 26 milhões de brasileiros, através da geração de 18 mil empregos diretos e 23 mil indiretos.
 

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