Elite política e empresarial francesa participa de jantar de gala à Dilma no Eliseu
Os cerca de 200 convidados do jantar de gala oferecido nesta terça-feira à noite pelo presidente francês François Hollande à presidente Dilma Rousseff foram recebidos ao som de músicas de Villa-Lobos e Tom Jobim, interpretadas pela Orquestra de Cordas da Guarda Republicana. A nata política, empresarial e diplomática francesa marcou presença no evento, que ocorreu num dos mais luxuosos salões do Eliseu, todo decorado em estilo Napoleão III.
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Entre os convidados, os presidentes de grandes grupos franceses como Casino, Total e Dassault, o representante do Comitê Colbert, que reúne as principais indústrias de luxo da França, e pelo menos 6 ministros do governo Hollande, além do primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault e de várias personalidades do Partido Socialista.
Do lado brasileiro, todos os ministros da comitiva da presidente Dilma nesta visita de estado à França participaram do jantar: Antonio Patriota, das Relações Exteriores, Guido Mantega, da Fazenda, Celso Amorim, da Defesa, Aloizio Mercadante, da Educação, e Fernando Pimentel, do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior.
Vieiras marinadas e vinhos Premier Cru
Os "convivas" desse jantar de mais de 200 talheres compartilharam em 23 mesas, batizadas com os nomes das capitais do Brasil, um menu sofisticado: vieiras marinadas no limão e tártare de salmão defumado ao pimenta rosa, como entrada e frango de Bresse (um dos mais saborosos do mundo) como prato principal.
Tudo regado a vinhos de grande qualidade como o branco Puligny Montrachet Premier Cru Les Folatières 2008 e Saint-Esthèphe 2ème Grand Cru Classé, vindos da cave do Palácio do Eliseu, a mais reputada da França, segundo os especialistas.
Num breve discurso, o presidente François Hollande lembrou que a França é o quarto maior investidor do Brasil, desejou a intensificação das relações comerciais e defendeu a entrada do Brasil no Conselho de Segurança da ONU. Hollande até improvisou uma parte do discurso, mencionando o interesse da França em vender aviões para o Brasil, referência clara aos caças Rafale, cujas negociações seguem em ponto morto.
A presidente Dilma Rousseff, por sua vez, fez um brinde à França e criticou mais uma vez as politicas de austeridade que segundo ela "só tem agravado a situação dos países em crise". Dilma sublinhou ainda a convergência de pontos de vista entre os governos da França e Brasil, que defendem "a construção de um mundo mulipolar".
Hollande e Dilma circularam juntos por todas as mesas do salão para agradecerem pessoalmente todos os convidados. O jantar de gala no salão de recepções do Eliseu acabou às 23h, seguindo um rigoroso protocolo.
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