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Futebol/Protestos

Confronto entre manifestantes e policiais marca estreia do Brasil na Copa das Confederações

O protesto contra os gastos do governo para a realização da Copa do Mundo terminou em briga entre manifestantes e policiais. Segundo a polícia, 19 pessoas foram presas e 52 ficaram feridas. Dentro do estádio, o evento ocorreu sem graves problemas de organização. A presidente Dilma Rousseff e o presidente da FIFA, Joseph Blatter, foram vaiados por parte dos torcedores.

Torcedores se afastam de uma nuvem de gás lacrimogênio, utilizado pela polícia para dispersar os manifestantes que protestavam ao redor do estádio Mané Garrinche, em Brasília, neste sábado, 15 de junho de 2013.
Torcedores se afastam de uma nuvem de gás lacrimogênio, utilizado pela polícia para dispersar os manifestantes que protestavam ao redor do estádio Mané Garrinche, em Brasília, neste sábado, 15 de junho de 2013. Reuters
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Colaboração para a RFI, de Brasília

Um protesto formado predominantemente por estudantes realizado nos arredores do Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, terminou em confusão. Os manifestantes queriam protestar próximo aos portões de acesso utilizados pelos torcedores, e entraram em confronto com os policiais do local.

A Polícia Militar utilizou bombas de gás lacrimogêneo, spray de pimenta e tiros de borracha para dispersar os manifestantes. Dezenove pessoas foram presas. Segundo a Secretaria de Saúde do Distrito Federal, o confrontou deixou 52 feridos, atendidos no próprio local.

Dezenas de torcedores que chegavam para ver o jogo de abertura sofreram os efeitos do gás e vomitaram no estacionamento em torno do estádio. As bombas de efeito moral chegaram a afetar mesmo quem já estava dentro do Mané Garrincha. Vários torcedores sentiram falta de ar e tiveram crises de espirro.

Do lado de dentro, a organização do evento ocorreu sem graves problemas. À exceção de erros de planejamento para a operação dos balcões de venda de comidas e bebidas, o torcedor pôde acompanhar a vitória de 3 a 0 do Brasil sobre o Japão sem incômodos. As falhas registradas nas duas primeiras partidas do estádio, no mês passado, como a falta de água nos banheiros, foram solucionadas.

Vaia

Durante a cerimônia de abertura da Copa das Confederações, parte dos 67 mil espectadores vaiou a presidente Dilma Rousseff em três ocasiões. A primeira foi quando o nome dela foi anunciado pelo sistema de som, em seguida à entrada das duas seleções em campo. Depois, quando o presidente da FIFA, Joseph Blatter, que também foi vaiado, disse o nome da presidente, novas vaias foram ouvidas no estádio. A terceira vez foi quando Dilma falou brevemente ao público. A presidente acabou falando uma única frase. Dilma e Blatter ficaram visivelmente constrangidos.

O episódio lembra a abertura dos Jogos Pan-Americanos de 2007, quando o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi vaiado, no Rio de Janeiro, e não fez o discurso de abertura. O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Nuzman, o substituiu na ocasião.

Jogo

O Brasil marcou logo aos 3 minutos de jogo, com um golaço de Neymar. O primeiro tempo foi bastante movimentado, com a seleção canarinho mantendo-se sempre superior. No início da etapa final, aos 3 minutos, Paulinho aumentou o marcador e, depois de um segundo tempo morno, Jô marcou, aos 48 minutos, para fechar o placar em 3 a 0.

O Brasil volta a campo contra o México na quarta-feira em Fortaleza, às 16h no horário de Brasília.

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