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Brasil/ catolicismo

Manifestantes mascarados serão barrados na Jornada Mundial da Juventude

As autoridades brasileiras decidiram nesta quinta-feira, dia 18 de julho, impedir que pessoas portando máscaras entrem na área em que o papa Francisco celebrará a missa de encerramento da Jornada Mundial da Juventude. A medida, decidida pelo Exército, tem a intenção de afastar temores de que protestos possam afetar o evento, principalmente depois da noite de protestos no Rio, com casos de vandalismo, na noite de quarta-feira.

Lojas foram saqueadas no Leblon, em tumultos que se prolongaram pela madrugada.
Lojas foram saqueadas no Leblon, em tumultos que se prolongaram pela madrugada. REUTERS/Lucas Landau
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Da enviada especial da RFI ao Rio de Janeiro

A informação foi dada pelo general José da Costa Abreu, coordenador de segurança da JMJ pelas Forças Armadas, ao detalhar nesta quinta-feira as ações de proteção dos eventos católicos. Conforme ele, cartazes “ofensivos ao papa” poderão ser recolhidos na entrada do local, e 7 mil militares vã participar da operação. São esperadas 1,5 milhão de pessoas em Guaratiba.

"Os mascarados serão impedidos de entrar. Guaratiba não é espaço para atitudes agressivas e hostis. Não vamos ver uma pessoa ou grupo de mascarados passando com objetos que possam causar dano à integridade física de alguém e permitir que isso aconteça", afirmou, durante coletiva de imprensa.

Dentro do Campus Fidei, os militares próximos dos peregrinos estarão desarmados. Os que usarão armas letais permanecerão nas três barreiras montadas antes de chegar ao local, em um raio de quatro quilômetros. Segundo Abreu, apenas as pessoas atitudes “suspeitas” serão revistadas.

As preocupações com a segurança do evento se acentuaram na quarta-feira, depois de horas e tensão e vandalismo ocorridas no entorno do edíficio onde mora o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. no Leblon. Agências bancárias foram depredadas, lojas foram saqueadas e fogueiras improvidadas foram montadas em plena rua. A maioria dos participantes estava com o rosto coberto.

Na manhã desta quinta-feira, Cabral convocou uma reunião de emergência no Palácio Guanabara para discutir a atuação das forças de segurança nas manifestações. Para o governador, os seus adversários politicos estão por trás dos tumultos. “O que eu percebo é uma tentativa de antecipação do calendário eleitoral, isso é muito ruim. Não para mim, mas para o Rio de Janeiro”, comentou, durante a inauguração de uma entidade na zona norte da cidade.

Já ao secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, afirmou que, a cada nova manifestação, a Polícia Militar está avaliando qual a melhor maneira de atuar. Segundo Beltrame, os casos de vandalismo são provocados por "turbas" que, "por vezes, colocam a polícia entre a prevaricação e o abuso de autoridade".

O comandante da Polícia Militar, coronel Erir Costa Ribeiro, declarou nesta quinta-feira que vai “reavalir” o uso de gas lacrimogêneo para conter manifestações violentas, após ter acertado com a Secretaria dos Direitos Humanos, a Anistia Internacional e a Ordem dos Advogados do Brasil que a polícia não utilizaria mais esta ferramenta de dispersão. "O gás lacrimogêneo, que todo mundo reclama, é o menos letal. O gás é para dispersar os vândalos. E falam para nós não usarmos o gás. E nossa ação não deu certo. Esse pacto, que foi feito com as autoridades, não deu certo."
 

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