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Futebol/Copa 2014

Brasil vai entregar 90% das obras previstas para a Copa, afirma Rebelo

O ministro brasileiro dos Esportes, Aldo Rebelo, afirmou nesta quarta-feira, em Paris, que o país vai entregar 90% do conjunto de obras previstas até o início da Copa, em junho de 2014. A convite do governo da França, o ministro veio promover o Mundial de futebol e apresentar as oportunidades de negócios para os empresários e investidores do país.  

Obras na Arena Pantanal, em Cuiabá, durante a visita do secretário-geral da FIFA, Jérôme Valcke, em 7 outubro de 2013.
Obras na Arena Pantanal, em Cuiabá, durante a visita do secretário-geral da FIFA, Jérôme Valcke, em 7 outubro de 2013. Foto: Reuters
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O primeiro compromisso do ministro dos Esportes em Paris é uma reunião com os representantes da Câmara do Comércio Brasil-França onde deve falar sobre o andamento das obras para os dois eventos esportivos que o Brasil vai sediar, a Copa do Mundo de futebol, em 2014, e os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. O governo vai aproveitar a oportunidade para dissipar as dúvidas sobre a capacidade do país em sediar os eventos e explicar os atrasos nas entregas de obras do Mundial.

Em entrevista na embaixada do Brasil, o ministro garantiu que todos estádios serão entregues até o final de dezembro como prometido à Fifa. Em relação à Arena da Baixada, em Curitiba, o ministro disse ter tido a garantia do presidente do Atlético Paranaense de que o material que depende de terceiros, como cadeiras e a cobertura do estádio serão entregues e instalados até o final de novembro.

Sobre a Arena do Pantanal, Aldo Rebelo disse ter tido a garantia do governador de Mato Grosso de que as cadeiras também estarão colocadas no prazo estabelecido. Sobre o estádio de Manaus, o ministro explicou que a cobertura da Arena saiu do porto de Aveiros em Portugal até Belém e de lá saiu de barco para Manaus. “Tudo isso estamos acompanhando e, ao que parece, teremos essas mercadorias, matéria prima e equipamentos entregues e instalados”, afirmou.

Protestos

Em relação à possíveis protestos como os ocorridos no Brasil durante a Copa das Confederações, o ministro dos Esportes acredita que eles não se repetirão no ano que vem. “A Copa do Mundo é um evento que se auto-protege. Quando as seleções classificadas chegarem para a Copa, os visitantes, teremos um ambiente de confraternização e não de protesto”, acredita Rebelo.

Ele esclareceu que o governo trabalha com diferentes cenários e atua para reduzir os riscos inerentes de um evento como a Copa do Mundo e se prepara para isso. “Eu acho que a Copa vai ser um evento pacífico, tranquilo e de confraternização como sempre foi no mundo inteiro”, prevê.

O ministro também minimizou uma preocupação sempre recorrente quando se trata do Brasil, os problemas relacionados à segurança urbana.  “Estamos mais expostos à violência social do dia a dia. E nós temos que nos prevenir de todos os riscos”, afirmou. Aldo Rebelo comentou que o Brasil está menos exposto a outros tipos de violências como as relacionadas ao ódio religioso, étnico e terrorismo, como enfrentadas por países da Europa e Estados Unidos.

“Os turistas que irão ao Brasil estarão menos expostos a um tipo de violência do que outra”, afirmou. “Se formos considerar estatisticamente, esta será a Copa do Mundo mais segura que o mundo vai conhecer”, afirmou o ministro em referência à números relacionados com atentados e ataques em ambientes como metrôs e aeroportos.

Preços

Outro aspecto que o governo está atento é em relação à alta de preços em passagens aéreas e hospedagens. O ministro dos Esportes explicou que é normal que no período que antecede grandes eventos como a Copa do Mundo seja registrada uma explosão de preços, criando uma “bolha”. Mas, com a proximidade do Mundial, os preços devem se estabilizar e até cair.

Segundo Rebelo, o setor hoteleiro já começa a baixar seus preços temendo uma super oferta durante o a Copa. Um exemplo citado pelo ministro foi o de um representante do setor, em São Paulo, que fixou o valor da hospedagem a 100 dólares por pessoa para garantir ocupação completa. 

Em relação à escassez de passagens aéreas para o evento, o ministro acredita que soluções serão encontradas como vôos charters. Rebelo citou como exemplo o Chile. Depois que país sul-americano se classificou para o Mundial, as passagens se esgotaram. “A tendência é que haja oferta de vôos não apenas regulares, mas fretados também. Isso é normal que aconteça” prevê o ministro.

Segundo ele, a demanda prevista para junho de 2014 é de 200 milhões de passageiros e a capacidade será de 250 milhões. “Não teremos problemas de infraestrutura aeroportuária. A capacidade é quase o dobro da demanda projetada. O que nós precisamos melhorar é a operação desses aeroportos. E isso não depende muito da capacidade de pousos e decolagens mas da capacidade de entregar bagagens para as pessoas não perderem conexão, quando o passageiro chega ser atendido num determinado tempo. Estamos trabalhando para melhorar a operação”, prometeu.

O Ministro lembrou também que em caso de necessidade, os aeroportos militares poderão ser acionados porque podem receber todos os tipos de voos.

Investimentos

Na próxima sexta-feira Aldo Rebelo se reúne com empresários franceses que investem no exterior e vai oferecer a Copa do Mundo como uma oportunidade de realização de bons negócios. Citando uma estudo projetando a criação de 3,6 milhão de empregos durante o evento, o ministro dos Esportes diz que cada real investido pelo poder público corresponde a 3.4 reais de investimentos do setor privado.

“Nós fazemos tudo isso em parceira com empresas brasileiras. Queremos também com as empresas estrangeiras. A França tem tradição em eventos e muitas marcas esportivas e pode trabalhar e investir conosco”, completou.
 

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