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Rússia/Greenpeace

Brasileira do Greenpeace presa na Rússia é libertada sob fiança

A justiça russa decretou nesta terça-feira, 19 de novembro de 2013, a liberdade provisória da bióloga brasileira Ana Paula Maciel, detida desde setembro junto com outros 29 membros da tripulação de um navio do Greenpeace. Ela foi a primeira estrangeira a ter o pedido de fiança aceito.

A bióloga brasileira Ana Paula Maciel exibe cartaz pedindo para voltar para casa; a justiça russa determinou nesta terça-feira, 19 de novembro de 2013, sua libertação sob fiança.
A bióloga brasileira Ana Paula Maciel exibe cartaz pedindo para voltar para casa; a justiça russa determinou nesta terça-feira, 19 de novembro de 2013, sua libertação sob fiança. REUTERS/Greenpeace
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Outros seis tripulantes estrangeiros do navio do Greenpeace - o neozelandês David John Haussmann, o argentino Miguel Hernan Perz Orzi, o polonês Tomasz Dziemianczuk, o italiano Cristian d'Alessandro, a argentina Camila Speziale e o canadense Paul Ruzycki - também serão libertados após pagarem fiança.

Na segunda-feira, a Justiça já havia libertado com uma fiança de dois milhões de rublos (cerca de 138 mil reais) três russos: o porta-voz Andreï Allakhverdov, a médica de bordo Ekaterina Zaspa e o fotógrafo free-lance Denis Siniakov. O tribunal determinou ainda que o autraliano Colin Russel seja mantido em detenção por mais três meses.

Os ativistas foram presos em setembro a bordo de um navio do Greenpeace quando tentavam invadir uma plataforma da Gazprom, a gigante russa de exploração de petróleo, no Ártico.

Inicialmente, eles foram indiciados por pirataria, crime passível de 15 anos de prisão, de acordo com as leis russas. Depois, foi acrescentada a acusação de vandalismo, cuja pena se estende a até sete anos em regime fechado. Apesar da liberdade provisória, nenhuma das duas acusações foi retirada.

Em comunicado à imprensa, o Greenpeace Brasil afirmou desconhecer as restrições para quem estiver em liberdade provisória. Ainda não se sabe, portanto, se Ana Paula poderá deixar o país ou receber visitas. Os detalhes devem ser esclarecidos nos próximos dias. As autoridades também não justificaram por que apenas alguns integrantes do grupo terem a liberdade concedida.

No mesmo texto, a ong cita Rosângela Maciel, mãe de Ana Paula: “Esta é a mais bela notícia que eu recebo nos últimos dois meses, mas a Justiça só será feita quando todas as acusações absurdas forem derrubadas”, disse. E acrescentou que “uma pessoa que só faz o bem pelo planeta precisa ser reconhecida pelos seus atos, não acusada injustamente. Somente assim podemos ter fé no futuro”.

Até o final da semana a Justiça russa deve decidir sobre o destino de todo o grupo de 28 ativistas e dois jornalistas detidos desde o dia 19 de setembro, após protesto pacífico contra a exploração de petróleo no Ártico.

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