Estudantes brasileiros têm dificuldades em raciocínio lógico, diz OCDE
O Brasil ocupa um dos piores lugares em uma pesquisa com adolescentes de vários países que avalia a capacidade em solucionar problemas matemáticos da vida cotidiana. Ele está no 38° lugar de uma lista de 44 países. O estudo foi realizado pelo Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA) e divulgado hoje (1) pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), sediada em Paris. Mais uma vez, o melhor desempenho é dos estudantes de países asiáticos.
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Com a colaboração de Camila Cesar
O levantamento da OCDE mediu a capacidade cognitiva de 85 mil adolescentes de diferentes nacionalidades para resolver questões matemáticas do dia a dia, como marcar o lugar de convidados em uma mesa respeitando uma certa ordem, otimizar os usos de um leitor MP3 ou comprar em uma máquina de autoatendimento passagens de trem pelo melhor preço.
O objetivo foi confrontar os estudantes com problemas concretos da vida real. Segundo a OCDE, a habilidade em superar essas dificuldades se tornou uma necessidade inclusive no mundo profissional.
Brasil: destaque em performances interativas
Com uma pontuação geral de apenas 428 pontos (abaixo da média, que foi 500) e com uma colocação não muito animadora no quesito raciocínio lógico, os estudantes brasileiros que participaram do estudo foram melhores apenas que Colômbia, Uruguai, Bulgária, Montenegro, Emirados Árabes Unidos e Malásia.
No entanto, ao lado de Irlanda, Coreias e Estados Unidos, o Brasil se mostrou mais forte que a média para solucionar problemas ditos interativos, que exigem que o estudante descubra alguma informação necessária para resolver a questão. Além disso, os alunos da Austrália, Brasil, Itália, Japão, Coreia do Sul, Macau, Sérvia, Inglaterra e Estados Unidos são os melhores, em média, na resolução de problemas em que os jovens têm bons resultados em matemática, leitura e ciências.
Asiáticos: os campeões
Além de ter os melhores desempenhos em outras disciplinas, os estudantes asiáticos também apresentaram mais capacidade em resolver os problemas concretos. Cingapura, Coreias, Japao, Macau, Hong Kong e Xangai, com pontuações entre 562 e 536, são os países onde os estudantes apresentam mais agilidade cognitiva.
O levantamento pode ser conferido na íntegra no site da OCDE (em inglês)
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