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Brasil/Manifestações

Imprensa europeia destaca novo dia de protestos contra presidente Dilma

A imprensa europeia acompanha com atenção os novos protestos programados neste domingo (12), no Brasil e no exterior, contra o governo da presidente Dilma Rousseff. Em seu portal na internet, o jornal português Diário de Notícias relata que foram convocadas manifestações em 400 cidades brasileiras e 11 países, enquanto o diário Público destaca que os três principais organizadores "se uniram debaixo de um só lema: Fora Dilma". Na Espanha, El País publica entrevista com Rogério Chequer, líder do movimento Vem Pra Rua.

Nas manifestações do dia 15 de março, os brasileiros já pediam a destituição da presidente Dilma Rousseff.
Nas manifestações do dia 15 de março, os brasileiros já pediam a destituição da presidente Dilma Rousseff. REUTERS/Paulo Whitaker
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"O poder público está surdo para a voz das ruas", declara Rogério Chequer ao diário espanhol El País. Na avaliação do jornal, aos 46 anos, Chequer "tornou-se o melhor fator surpresa dos inimigos da presidenta", um fenômeno de popularidade que não foi previsto por nenhum marqueteiro, nem por governistas e a oposição. 

O português Diário de Notícias afirma que os organizadores esperam aproximar-se das manifestações de 15 de março passado, em que "mais de um milhão e meio de pessoas de todos os espectros políticos saíram às ruas contra a presidente e o seu governo de coligação de centro-esquerda, envolvidos num gigantesco escândalo de corrupção em torno da companhia petrolífera Petrobras".

"Fora Dilma"

O jornal Público ressalta que "os três principais movimentos que convocaram o protesto nacional − Movimento Brasil Livre, Vem Pra Rua e Revoltosos Online − vão, desta vez, unir-se debaixo de um só lema: Fora Dilma". Os três grupos ainda mantêm divergências sobre o objetivo do protesto − se ele deve defender a destituição da presidente, explica o jornal português. "Mas eles tentaram chegar a um entendimento para evitar a dispersão" dos manifestantes e o surgimento "de grupos mais extremistas que perturbem a mensagem". O Público lembra que, nas manifestações de março, grupos defenderam um golpe de Estado militar contra Dilma.

O Diário de Notícias informa que, além do Brasil, há manifestações marcadas em Portugal (Lisboa e Porto), em cidades dos Estados Unidos, Bolívia, Inglaterra, Argentina, Espanha, Chile, Áustria, Irlanda, Austrália e Canadá.

Destituição da presidente divide opiniões

A agência de notícias AFP relata a pesquisa recém-publicada pelo instituto Datafolha, segundo a qual dois terços dos brasileiros são favoráveis à destituição de Dilma por causa do escândalo de corrupção na Petrobras. Porém, a AFP adverte que, da mesma forma que 63% dos entrevistados pelo Datafolha defendem a saída de Dilma, 64% têm dúvidas de que um processo de impeachment seja instalado no Congresso.

Os grupos que querem a saída da presidente Dilma Rousseff testam sua força nas ruas, mas vários analistas estimam que os protestos pelo impeachment enfraqueceram.

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