Brasileiros saiem à rua para denunciar racismo
No Brasil dezenas de manifestantes voltaram a sair às ruas das principais cidades, este fim-de-semana, para denunciar o racismo no país, depois de um homem negro ter sido espancado e morto por seguranças de um supermercado. Uma nova marcha está marcada para esta segunda-feira.
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O Rio de Janeiro foi palco de três manifestações, este domingo, para denunciar o racismo no país, depois de um homem negro ter sido espancado até à morte por seguranças do grupo de supermercados Carrefour, em Porto Alegre, na semana passada. Uma outra marcha está marcada para esta segunda-feira.
As lojas do grupo Carrefour, na periferia da cidade, continuam a ser o ponto de encontro para as centenas de pessoas que pedem justiça por João Alberto, a última vítima de racismo no país.
Alguns manifestantes exigem a exoneração do director executivo do Carrefour Brasil, alegando que não é a primeira vez que seguranças de supermercados do grupo são acusados de violência e racismo.
Ao microfone da RFI, Renato, que participou nas manifestações deste domingo, disse esperar que o movimento ganhe força no Brasil, à imagem do que aconteceu nos Estados Unidos.
«A gente espera que o vento dos Estados Unidos com "Justiça para George Floyd" chegue aqui, com força, e que a gente possa impor essa justiça. Não só para Jogão Alberto, mas para todos os negros e negras que foram assassinados », explicou.
O Presidente Jair Bolsonaro continua a negar a existência de racismo no país, a mesma postura foi defendida pelo vice-presidente brasileiro, general Hamilton Mourão: "Não, eu digo para você com toda a tranquilidade: não tem racismo aqui", referiu.
Segundo dados oficiais, a cada 23 minutos, um jovem negro é assassinado no Brasil.
Com a colaboração de Pierre Le-Duff.
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