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#Cabo Verde

Cabo Verde acolhe Cimeira das Forças Marítimas Africanas

A ilha do Sal, em Cabo Verde, acolhe a Cimeira das Forças Marítimas Africanas a partir desta segunda-feira, 20 de Março, até quarta-feira, 22 de Março.  Na abertura, o primeiro-ministro Ulisses Correia e Silva disse querer um acordo “mais abrangente” na área da defesa com os Estados Unidos.

Ilha do Sal, Cabo Verde
Ilha do Sal, Cabo Verde © RFI
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O evento quer implementar um novo modelo para o engajamento de nível sénior em África. Durante estes três dias de trabalho, a cimeira vai incluir sessões plenárias onde serão analisados os desafios comuns de segurança marítima em África.  A participar estão mais de 80 delegados e chefes internacionais de marinhas, guardas costeiras e infantarias navais de 38 países, incluindo de Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau.

Na abertura da cimeira, o primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, disse querer um acordo “mais abrangente” na área da defesa com os Estados Unidos, e considerou que o arquipélago poderá ser “parceiro estratégico” da Africom, a força norte-americana para África.

Ulisses Correia e Silva acrescentou que "o combate à criminalidade organizada transnacional, tráfico de droga, tráfico de pessoas, pirataria, terrorismo, cibercrime e pesca ilegal é um imperativo para o desenvolvimento económico, paz social e estabilidade dos países". Por isso, espera que a cimeira seja o espaço para trocar experiências, partilhar soluções e compromissos estratégicos para a segurança dos mares que unem os países participantes da reunião. 

Cabo Verde pode ser um parceiro estratégico para a Africom [Comando das Forças Armadas norte-americanas para África] e para os Estados Unidos, país com o qual ambicionamos um acordo mais abrangente e estruturante no domínio da defesa e segurança”, afirmou Ulisses Correia e Silva.

Juntamente com o secretário da Marinha dos Estados Unidos, Carlos del Toro, Ulisses Correia e Silva presidiu à abertura desta primeira Reunião das Forças Marítimas Africanas.

O esforço de desenvolvimento é corroído e posto em causa quando a segurança não é assegurada e garantida aos cidadãos. Pior do que isso, pode fazer retroceder os países. E estou a falar de segurança no sentido amplo: segurança de pessoas e bens, segurança alimentar, segurança sanitária, segurança ambiental e climática, segurança face ao crime organizado e à corrupção. É nesse sentido que defendemos uma maior sintonia e compromisso entre a parceria para o desenvolvimento e a parceria para a defesa e segurança, no sentido de ganhos mútuos entre os países e sua responsabilidade global”, acrescentou o chefe do Governo.

Ulisses Correia e Silva lembrou que a localização estratégica de Cabo Verde “e o propósito da segurança marítima” já tinham levado à instalação na ilha de São Vicente, em 1819, do primeiro “US Navy Squadron” no continente africano.

Desejamos reforçar a cooperação para a segurança cooperativa para dotar a Guarda Costeira de helicópteros, meio aéreo complementar importante para um país arquipelágico, com a orografia de Cabo Verde e com uma extensa zona costeira e marítima”, afirmou, acrescentando que “os meios navais também deverão ser reforçados” e que a fiscalização da extensa área marítima cabo-verdiana “é muito exigente e demanda também suporte tecnológico mais sofisticado como o apoio de satélites para a disponibilização de informação relevante”.

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