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Cabo Verde

Ulisses Correia e Silva reeleito líder do MpD, partido no poder em Cabo Verde

Mais de 90% dos votos dos militantes do MpD optaram pela continuidade de Ulisses Correia e Silva como Presidente do Movimento para a Democracia, partido que sustenta o Governo em Cabo Verde.

Primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva na COP-26 no dia 2 de Novembro de 2021.
Primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva na COP-26 no dia 2 de Novembro de 2021. © Reuters
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Numa primeira reacção aos resultados, Ulisses Correia e Silva disse que se trata de uma grande vitória do MpD e que os militantes compreenderam bem o que estava em jogo, o líder partidário destacando ainda a participação na eleição directa do presidente do Movimento para a Democracia.

“Mais de 10 mil militantes foram votar, de Santo Antão à Brava e na diáspora, e legitimaram novamente a minha liderança. Mas legitimaram aquilo que é também o nosso  compromisso de continuar a ter o MpD como um partido vencedor. Nós entramos no campo para vencer. O nosso compromisso é de vencer as próximas eleições autárquicas e legislativas de 2024 e 2026 e continuar a governar. Era preciso este reforço e acho que os militantes compreenderam bem e deram uma boa resposta” disse o presidente reeleito do MpD, que dias antes afirmou que se perdesse as eleições internas do partido deixava o cargo de primeiro-ministro.  

Ulisses Correia e Silva aconselhou o seu opositor, Orlando Dias, a respeitar os resultados “por a diferença ser abismal”, observando que a taxa de participação é das maiores a nível do partido.

Mas o candidato derrotado à presidência do MpD, Orlando Dias, denunciou “um esquema de fraude generalizado” que segundo o mesmo terá “influenciado o resultado das eleições internas do partido”, indicando que a abstenção verificada manifesta o descontentamento dos militantes com a actual liderança.

“Segundo dados que temos como relativamente certos mobilizaram a volta de pouco mais de 20 por cento dos militantes, isto é, de facto quem ganhou as eleições foi a abstenção” disse Orlando Dias, em reacção aos resultados, informando também que a sua candidatura irá produzir um “relatório detalhado sobre o esquema de fraude que inquinou essas eleições”, podendo, inclusive, levar o processo ao tribunal.

Orlando Dias, deu como certa uma nova candidatura à liderança do MpD, nas próximas eleições que deverão ocorrer em 2026, provavelmente, após as legislativas do mesmo ano. 

Nas eleições que decorreram neste domingo foram ainda escolhidos os trezentos delegados à XIII Convenção Nacional do MpD, agendada para 26 a 28 de Maio.

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