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Fukushima/desastre nuclear

Relatório acusa governo e Tepco por má gestão do acidente de Fukushima

O relatório final do executivo japonês publicado nesta segunda-feira sobre a catástrofe de Fukushima, ocorrida em março de 2011, no nordeste de Tóquio, aponta que o governo do Japão e a companhia de energia Tepco, Tokyo Electric Power na sigla em inglês, que administrava a central, ignoraram o perigo ligado à energia nuclear, o que tornou o acidente possível. 

Uma vista aérea do reator Fukushima Daiichi, no dia 24 de março de 2011.
Uma vista aérea do reator Fukushima Daiichi, no dia 24 de março de 2011. REUTERS/Air Photo Service/Files
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A comissão de investigação, composta por engenheiros, pesquisadores e juristas e comandada pelo governo, publicou um texto final de 450 páginas, fruto de análises e entrevistas com 772 pessoas, antes e depois do acidente, que obrigou a retirada de milhões de japoneses da região ameaçada.

 

Segundo o documento, as autoridades e a Tepco não tomaram as medidas necessárias para evitar o acidente e ainda tiveram uma má atuação na gestão da catástrofe, a mais grave após o vazamento de Tchernobyl, na Ucrânia, em 1986.

O relatório critica diretamente o então primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, e sua equipe na administração da crise e acusa a companhia de energia de ter problemas internos e ter demorado para identificar as causas das explosões em três reatores da central, provocadas por um terremoto e um tsunami, o que impede a indústria nuclear do país de tirar conclusões adequadas sobre o ocorrido.

Esse é o quarto relatório sobre o caso que denuncia que o excesso de confiança no grau de segurança das centrais nucleares, impediram os profissionais de preverem cenários graves de crise. O texto lembra que em 2006, a Agência de Segurança Nuclear do Japão se negou a colocar em ação um plano para reforçar a segurança das usinas do país.

 

 

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