França inaugura novo Centro Pompidou na cidade de Metz

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, inaugurou, nesta terça-feira, o novo Centro Georges Pompidou na cidade de Metz, uma espécie de filial do Pompidou de Paris, que abriga o maior acervo de arte contemporânea da Europa. Um dos objetivos do novo Centro é descentralizar a oferta cultural na França, principalmente concentrada em Paris.

O novo Centro Pompidou é obra do arquiteto japonês Shigeru Ban. Centre Pompidou

O Louvre também tem projeto semelhante, a ser implantado em Lens, no norte da França. Outro objetivo é valorizar a região de Metz, tomando como exemplo o Museu Guggenheim, de Bilbao, na Espanha, que transformou uma região antes "abandonada" em pólo cultural.

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Jules Coly, responsável pelo atendimento ao público e monitoramento de conferências.

O Beaubourg de Metz, ao contrário de sua matriz parisiense, conhecida pelos tubos coloridos exteriores do arquiteto italiano Renzo Piano, prima pelo clean ondulante e calmo do japonês Shigeru Ban. Ban, além de esteta, é um inovador de materiais. Ele trabalhou o papelão como material de construção, ideia que foi adotada pela ONU para a construção de habitações de emergência para vítimas de terremotos, a começar por Kobe, no Japão

A inauguração vai se prolongar durante cinco dias com numerosas manifestações artísticas, teatrais, musicais e audiovisuais. O principal evento é a mostra inaugural chamada "Chefs-d'oeuvres ?" (Obras-primas ?). Sao mais de 800 trabalhos , sendo 700 vindos do próprio Pompidou de Paris. A mostra busca questionar o sentido de "obra-prima" e expor os maiores nomes da arte moderna, como Picasso, Matisse, Braque, Miro, entre muitos outros.

O custo da construção do novo Centro chega a US$ 96 milhões de dólares. O custo anual para manter o espaço supera os US$ 13,8 milhões e espera-se que 10% desses recursos venham do próprio centro. A direção do Pompidou-Metz espera receber de 200 a 250 mil visitantes anuais.