Morre aos 98 anos a escultora Louise Bourgeois

Vítima de um infarto, a artista franco-americana inauguraria nesta sexta-feira em Veneza uma exposição com obras inéditas.

"Precious liquids" (Louise Bourgeois, 1992) Adagp Paris 2010, Centre Pompidou, Mnam Cci, Philippe Migeat

Morreu nesta segunda-feira, em Nova York, aos 98 anos de idade, a escultora franco-americana Louise Bourgeois. A morte da artista, vítima de um infarto, foi anunciada pela fundação italiana Emilio e Annabianca Vedova, que inaugura nesta sexta-feira em Veneza uma exposição de obras inéditas da artista intitulada "Louise Bourgeois. The Fabric Works".

Nascida em 1911, em uma família de restauradores de Paris, Louise Bourgeois se refugiou no estudo e na arte muito jovem para escapar dos conflitos domésticos: "Eu fui muito feliz na escola. Para mim, era um refúgio fechado, completo, que me isolava da minha casa."

Louise Bourgeois teve como mestres vários nomes importantes da arte francesa, entre eles Fernand Léger, que a ajudou a optar pela escultura. Em 1938 ela se casou com Robert Goldwater, um especialista em história da arte norte-americano, e se transferiu para Nova York, onde conheceu os surrealistas Joan Miro e André Breton.

Em 1951 Louise Bourgeois se naturalizou norte-americana. Seu trabalho muito pessoal e em constante renovação sempre rejeitou rótulos. O reconhecimento internacional veio com as obras mais contundentes, do final dos anos 70, como "A destruição do pai" e "Confrontação".