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Mercado de artes

Liderado pela China, comércio de artes bateu recorde em 2011

A crise econômica parece não afetar o mercado das artes: a venda de peças aumentou 21% em 2011, um recorde de 11,54 bilhões de dólares. A alta foi liderada pela China, que encabeça o mercado e participa de 41% das transações comerciais realizadas.

Quadro de Picasso "Femme au fauteuil" foi posto hoje a leilão na Christie's, em Londres.
Quadro de Picasso "Femme au fauteuil" foi posto hoje a leilão na Christie's, em Londres. REUTERS/Finbarr O'Reilly
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Pela primeira vez, as vendas da Fine Art – pinturas, instalações, esculturas, desenhos e fotografias – ultrapassaram a barreira de10 bilhões de dólares, de acordo com a sociedade francesa Artprice, a maior analista dos mercados de arte do mundo. “Esse crescimento excepcional não parou durante o ano”, disse Thierry Ehrmann, fundador da agência.

“Depois de um primeiro semestre recorde (6,45 bilhões de dólares), o segundo registrou 5,09 bilhões, o melhor segundo semestre de todos os tempos”, comentou. A Fine Art avalia que a crise favoreceu indiretamente o mercado, uma vez que a compra de objetos artísticos são “um investimento seguro”.

Ehrmann explica que a partir de 15 mil euros por uma obra de arte, o comprador não corre risco de perder dinheiro – o máximo que pode acontecer é não lucrar na revenda. Não é isso que ocorre com os objetos comprados a partir de 150 mil euros, que se valorizam de 12 a 15% nos anos seguintes.

Hoje há 300 mil colecionadores de arte no mundo, contra 500 milhões em 1950. O maior lance em um leilão realizado em 2011 foi de 57,2 milhões de dólares, em Pequim, pela obra "Eagle Standing on Pine Tree", do artista chinês Qi Baishi.

A China assumiu em 2010 a liderança no mercado das artes e se estabiliza na posição, com 4,79 bilhões de dólares de vendas em leilões. Bastante distantes, os Estados Unidos aparecem em segundo, com 2,73 bilhões de dólares e 23,57% de participação no mercado, seguidos pelo Reino Unido, com 2,24 bilhões e 19,39% do mercado. A França fica em quarto lugar, com 4,5% de participação.

“A progressão das vendas da França é a mais fraca entre estes países e a sua parte no mercado continua caindo”, analisou Ehrmann. Um dos mercados mais promissores, diz o especialista, é o de Cingapura, com aumento de 22% das vendas em relação ao ano anterior. Em 2012, a Ásia deve ser responsável por 54% do comércio de artes, depois de atingir 43% no ano passado.
 

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