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Carlos Fuentes/literatura

Carlos Fuentes morre aos 83 anos no México

O escritor mexicano Carlos Fuentes morreu nesta terça-feira aos 83 anos. Considerado um dos maiores nomes da literatura latino-americana, ele foi encontrado inconsciente em casa pelo seu médico Arturo Ballesteros e levado ao hospital Angeles del Pedregal, mas não resistiu, sucumbindo a uma ataque cardíaco.

O escritor mexicano Carlos Fuentes, um dos maiores mestres da literatura latino-americana, morreu ensta terça-feira aos 83 anos.
O escritor mexicano Carlos Fuentes, um dos maiores mestres da literatura latino-americana, morreu ensta terça-feira aos 83 anos. Reuters
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Carlos Fuentes é tido como um dos grandes mestres da literatura latino-americana, ao lado de Gabriel Garcia Marquez e Mario Vargas Llosa. Uma tríade de escritores cuja obra é marcada pelas ditaduras na região. O anúncio de sua morte causou comoção mundial. O escritor recebeu diversas homenagens, entre eles a do novo presidente francês François Hollande. Em um comunicado, Hollande lembra que Fuentes era um homem "engajado, que contestava normas e dogmas e que defendia com ardor uma ideia simples e digna de humanidade."

Nascido no dia 11 de novembro de 1928, em Panamá City, Carlos Fuentes era filho de diplomata e passou uma boa parte de sua juventude nos Estados Unidos, Uruguai, Brasil e Argentina. Adulto, ele viveu entre o México e Londres, onde ele escreveu a maior parte de seus livros. Fuentes publicou seu primeiro romance aos 29 anos, "A região mais límpida", um retrato da sociedade mexicana no século 20. Uma de suas obras mais conhecidas é "A Morte de Artêmio Cruz", lançado em 1962. Foi graças a ele que o escritor mexicano ficou conhecido internacionalmente. Sua obra também inclui peças de teatro, novelas, roteiros de filmes e ensaios. O escritor ganhou inúmeros prêmios, entre eles, o Cervantes, de 1987, um dos mais importantes. Mas Fuentes nunca obteve o Nobel de literatura.

Em entrevista à RFI, há quatro anos, Carlos Fuentes contou como o fato de viver em diferentes países o ajudou a compreender o México. “Sempre tiro lições de Balzac, que escreveu sobre a França e é autor de novelas universais, ou então William Faulkner que escreveu sobre um dos lugares mais excêntricos da Terra, os Estados Unidos, e também escreveu novelas universais. Não há regras para isso, mas agradeço a perspectiva que minha vida de andarilho me deu sobre o México", declarou. Aos jovens autores, ele deixou um conselho : "que escrevam, que sejam disciplinados. A obra literária, a imaginação, é o legado que o escritor deixa para a sociedade e para o mundo."
 

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