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Cultura/literatura

Morre Régine Deforges, autora da obra A Bicicleta Azul

Morreu ontem (3) em Paris a escritora francesa Régine Deforges. A autora da saga "A Bicicleta Azul", que teve mais de 10 milhões de exemplares vendidos, estava com 78 anos e foi vítima de um ataque cardíaco.

A escritora francesa Régine Deforges
A escritora francesa Régine Deforges ©Editions de La Différence
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Com a colaboração de Camila César

Militante feminista, Régine escreveu cerca de 40 livros, de romances eróticos a ensaios, passando por livros infantis e obras de ficção e deixa uma importante contribuição para a literatura francesa contemporânea.

Régine Deforges teve uma trajetória marcada pela sua atuação política pelos direitos das mulheres, principalmente a liberdade sexual. Considerada uma escritora de personalidade "ácida", ela teve alguns de seus livros eróticos censurados durante os anos 1970. "Os críticos não sabem em que estante me colocar. Falam de mim como um fenômeno, mas nunca do meu trabalho", disse ela uma vez, ao falar sobre seu sucesso.

Em 2000, a sua obra-prima "A Bicicleta Azul" foi adaptada para o cinema com Laetitia Casta no papel de Léa Delmas. A história se passa durante a ocupação alemã, e é com uma bicicleta azul que a heroína atravessa a linha de demarcação. Com um sucesso de vendas, a obra foi traduzida para diversas línguas e tornou a escritora conhecida em diversos países.

Uma amante dos livros

Régine nasceu em 15 de agosto de 1935 em Montmorillon, no centro da França. Após uma adolescência tumultuada, ela se casa aos 18 anos e se muda para Paris, onde frequenta o curso de teatro Simon. Ao mesmo tempo, faz alguns trabalhos como modelo, mas encontra sua vocação trabalhando em uma livraria na Champs-Élysees. A paixão pelos livros definiu a história da escritora que, junto ao seu mentor e editor Jean-Jacques Pauvert, cria a editora LOr du Temps no final da década de 1960.

A romancista era casada com o desenhista do Nouvel Observateur Pierre Wiazemski e mãe de três filhos, frutos dos seus dois casamentos. Durante vários anos, Régine foi presidente da Sociedade Acadêmica de Letras de Paris e participou do júri do premio Femina até 2006.

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