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Festival/Brasil

Festival de cultura brasileira anima franceses na beira do Sena

Quem passa pelas margens do rio Sena em Paris próximo à torre Eiffel, percebe que o ambiente está bem brasileiro. É que o tradicional evento de verão Berges de Seine, reservou três dias para um festival chamado Oi Brasil. São shows, performances, dança, exposições, música e, é claro, futebol. Instalações artísticas mostram um pouco da irreverência e o humor próprios da cultura brasileira.

Companhia Paracuru, do interior do Ceará, trazem jovens dançarinos de uma pequena cidade de pescadores.
Companhia Paracuru, do interior do Ceará, trazem jovens dançarinos de uma pequena cidade de pescadores. Divulgação
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Reportagem de Rossane Lemos

Durante o dia, a criançada se diverte jogando peteca, uma das brincadeiras mais tradicionais do Brasil. Ou então, são as quadras de futebol que misturam jovens de diversas nacionalidades no mesmo campo, ou melhor, na mesma quadra de asfalto. Para Pedro Vicente, um carioca de 10 anos que visita Paris, o futebol é ate interessante, mas o melhor mesmo são as aulas de capoeira oferecidas no festival. “Você sente o movimento da dança, o espaço, você sente o que há ao redor”, explica o garoto.

A capoeira é uma das expressões culturais brasileiras mais conhecidas e valorizadas na Franca. Em muitas escolas, esse combate dançado é uma disciplina opcional. A carioca Regina Proveti acredita que aqui, essa arte brasileira é muito mais francesa. “A gente vê que tinha dois ou três brasileiros e o resto era franceses. Chegando aqui isso foi uma alegria de saber que em outro país as pessoas estão valorizando o Brasil”, comemora Regina.

O Ceará na França

Muitos grupos de música popular brasileira, dança e até marionetes já se apresentaram para o público francês. Na noite desse sábado, a companhia de dança paulista Diadema apresenta uma coreografia que explora a poesia do cotidiano, especialmente o amor cantado por Edith Piaf na música La vie en rose.

Um pouco mais cedo, quem ocupou o palco foi a Companhia de Dança Paracuru. Seis jovens saíram de uma pequena cidade fundada por pescadores no nordeste e vieram mostrar aos franceses essa iniciativa social, educativa e cultural do interior do Ceará.

O diretor da Companhia Paracuru, Flavio Sampaio, conta que se apresentar em Paris é uma grande oportunidade para esses estudantes de dança clássica, e que eles trouxeram na mala uma parte do Brasil para oferecer aos franceses. “Eu acho que a gente traz o nosso corpo e a nossa cultura e isso a gente não pode desassociar. A gente traz também a nossa história, a dança como a gente faz lá, um pouco de dança brasileira para os franceses”, completa Flavio emocionado.

No domingo, a programação do festival Oi Brasil continua e os espetáculos de música e dança começam às 7 da noite, nas margens do rio Sena, perto da ponte d’Alma.
 

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